Edição 384 | 29 de maio de 2023
Fotos: Sebastião Jacinto Júnior
No Dia da Indústria 2023, Federação celebra 90 anos de atuação e homenageia empresários destaques do setor produtivo
“Hoje é um dia muito especial de reconhecimento aos industriais que fazem a diferença em seus setores”, afirmou Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), durante a cerimônia do Dia da Indústria 2023. O evento, realizado no Minascentro, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (25/05), reuniu empresários e autoridades em uma solenidade de celebração das conquistas do setor produtivo mineiro. No ano em que a FIEMG comemora seus 90 anos de atuação na melhoria do ambiente de negócios do estado, o líder empresarial destacou a importância da instituição, que se tornou referência no mercado por oferecer soluções que transformam a indústria mineira em um setor competitivo e sustentável. “A FIEMG é a casa da indústria, oferecendo parcerias que geram valor e são fundamentais para impulsionar o setor em todo o país”.
O líder empresarial também pontuou os desafios de empreender no Brasil, destacando alguns pontos de melhorias essenciais no ambiente de negócios brasileiro. “Um deles é a Reforma Tributária, um pleito antigo do setor produtivo que esperamos que ela seja aprovada em breve”, comentou, lembrando de outro gargalo para o setor produtivo: a desoneração da folha de pagamento. “Boa parte do custo Brasil provém da folha de pagamento, a nossa força de trabalho é muito onerada e isso enfraquece nosso potencial e competitividade”, afirmou.
Queda pode ser reflexo das variações nos preços e do comportamento do mercado
De acordo com um levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a competitividade da carne suína vem sendo afetada em comparação com outras proteínas, como a carne de frango e bovina. Durante o período de abril a maio, até o dia 23, os preços médios da carne suína e de frango apresentaram pequenos aumentos, enquanto os preços da carne bovina registraram quedas.
No mercado atacadista da Grande São Paulo, a carcaça especial suína teve uma valorização de 1% de abril para maio, alcançando uma média mensal de R$ 9,84 por quilo. Os pesquisadores do Cepea destacam que os preços da carne suína vinham apresentando altas desde o início de maio. No entanto, a entrada da segunda quinzena do mês, quando a demanda geralmente se enfraquece, interrompeu esse movimento de elevação, limitando o avanço na média mensal.
Essa queda na competitividade da carne suína em relação às proteínas concorrentes pode ser um reflexo das variações nos preços e do comportamento do mercado. A demanda por carne suína tende a diminuir durante a segunda metade de maio, o que afeta os preços e impacta a média mensal. Enquanto isso, as carnes de frango e bovina estão enfrentando cenários diferentes, com as proteínas sujeitas a quedas nos preços e a outros fatores influenciadores.
Os produtores e agentes do setor suinícola devem estar atentos a essas oscilações de mercado e buscar estratégias para manter a competitividade da carne suína, como o aprimoramento da qualidade do produto, a busca por novos mercados e a diferenciação de produtos no segmento. A análise contínua do mercado e a adaptação às demandas dos consumidores serão fundamentais para garantir o crescimento e a sustentabilidade do setor no contexto competitivo atual.
Fonte: Suinocultura Industrial
Diagnóstico de Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos contribui para comprovar ausência de circulação viral no estado
O Laboratório de Saúde Animal (LSA) do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), implementou, neste mês, um novo escopo de atividades, o diagnóstico de Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS), em atendimento a uma solicitação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O objetivo é a realização do teste sorológico de triagem (ELISA) para promover a vigilância ativa da doença em Minas Gerais. A medida contribui para comprovar a ausência de circulação viral no estado, aumentando as chances de detecção precoce de casos ou de reações sorológicas compatíveis com ocorrência de transmissão da doença.
No Brasil, a PRRS nunca foi registrada e o país adota procedimentos para mitigar o risco de introdução desta doença. O novo escopo implantado no LSA impacta positivamente a defesa agropecuária no estado, pois trará mais eficiência na execução das medidas estabelecidas no Plano integrado de Vigilância.
De acordo com o fiscal agropecuário do IMA, Guilherme Canhestro de Faria, dada a importância dos impactos econômicos e sociais no caso de introdução da PRRS no Brasil, se faz necessário fortalecer o sistema de prevenção, vigilância e resposta a uma possível detecção da doença. “O Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa estabeleceu em 2021 o Plano Integrado de Vigilância de Doença dos Suínos visando fortalecer a vigilância da Peste Suína Clássica (PSC), da Peste Suína Africana (PSA) e da PRRS em todo território nacional. Determinou-se, então, que para a realização dos testes sorológicos de triagem da PRRS será sempre utilizada a rede de laboratórios públicos e credenciados pelo Mapa, da qual o LSA faz parte”, explica.
As amostras processadas no LSA serão enviadas pelos fiscais agropecuários seguindo um cronograma e uma amostragem estabelecidos pelo Mapa em conjunto com a Gerência de Defesa Sanitária Animal. Caso haja alguma amostra inconclusiva ou positiva detectada no LSA, a mesma será enviada ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Pedro Leopoldo (MG) para realização do teste confirmatório.
Acreditação
O LSA é acreditado na Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (Cgcre) do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) desde 2016 e, para a manutenção da acreditação, o laboratório passou por uma reavaliação no período de 24 a 27 de abril de 2023.
O LSA solicitou ao Inmetro a extensão de escopo para inclusão do diagnóstico de PRRS pela técnica de ELISA (teste imunoenzimático). Durante a auditoria, toda a documentação e procedimentos necessários para a realização do teste foram avaliados.
Fonte: IMA
No episódio de hoje do Indústria de A a Z, você vai conhecer um pouco mais sobre essas letrinhas cada vez mais populares no mundo dos negócios
A sigla ESG entrou de vez para o vocabulário e pra estratégia do mundo corporativo. Você sabe o que essas letrinhas representam?
Este é o tema do episódio de hoje do Indústria de A a Z. Nele, você vai entender por que esse assunto, que relaciona social, ambiental e governança, está mudando a dinâmica dos negócios e o que isso tem a ver com a sua vida.
O que você vai aprender nesse vídeo:
0:00 - Abertura
00:19 - O que é ESG?
00:47 - De onde surgiu esse termo?
01:04 - O que as empresas ganham com isso?
01:39 - E de Ambiental
02:14 - S de Social
02:40 - G de Governança
03:14 - Impacto do ESG nos negócios
03:49 - O papel do consumidor no ESG
04:18 - 3 dicas sobre a prática de ESG
Fonte: CNI
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Proposta ainda precisa ser analisada por mais duas comissões na Câmara antes de seguir para o Senado
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2387/22, que proíbe, em todo o território nacional, o abate de equídeos e equinos (cavalos e jumentos) para o comércio de carne para consumo ou exportação.
O relator no colegiado, deputado Domingos Sávio (PL-MG), recomendou a aprovação da proposta. “Considerando questões de bem-estar animal, saúde pública, tradicionais e culturais, dentre outras, sou favorável ao projeto de lei”, afirmou.
“Notícias demostram a crueldade em matadouros de cavalos, e há denúncias de que os animais, 12 horas antes do abate, são privados de água e alimento para amaciar a carne”, disse o autor da proposta, o ex-deputado Ney Leprevost (PR). “O objetivo da proposta é proibir práticas cruéis”, continuou o ex-parlamentar.
Ainda segundo o relator, em muitas culturas, como a brasileira, os cavalos, as mulas, os jumentos e os burros têm valor histórico e cultural, sendo considerados essencialmente animais de trabalho ou de companhia. “O abate para consumo humano é visto como violação da tradição e desrespeito”, disse Domingos Sávio.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Embrapa leva adiante pesquisa que deve gerar em laboratório um protótipo de filé de frango até o final deste ano. Já existem 25 projetos nessa direção no mundo. Dois países têm legislação aprovada para o consumo.
Por razões de demanda, de sustentabilidade, de bem-estar animal, de inovação. São várias as molas propulsoras, mas o mundo está em busca da produção da carne de frango em laboratório e o Brasil faz parte dessa maratona. Um dos projetos existentes no País é da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), uma das instituições de pesquisa do agronegócio mais respeitadas no Brasil e no mundo, que pretende estar com o seu protótipo de filé de frango cultivado pronto até o final deste ano.
O trabalho pelo desenvolvimento da carne de frango cultivada da Embrapa acontece desde o começo de 2022 na Unidade Suínos e Aves da instituição, que fica na cidade de Concórdia, no estado de Santa Catarina. Com recursos próximos de R$ 1 milhão, conseguidos na organização internacional The Good Food Institute (GFI) por meio de um edital, o projeto tem atualmente a colaboração de 15 profissionais de áreas que vão de zootecnia e veterinária até química, genética, medicina, engenharia de alimentos, economia e bioinformática.
Foto: Divulgação/Embrapa
Foto: Divulgação/Embrapa
Foto: ©M.P. Morel/Photononstop/AFP
Foto: ©Nicholas Yeo/AFP
Na última sexta-feira, o Australian Bureau of Statistics (ABS) divulgou os dados de abate e produção do primeiro trimestre de 2023, indicando melhorias em todas as espécies. Alguns estados registraram os melhores resultados trimestrais em quase duas décadas.
Abates
Comparando trimestre a trimestre e ano a ano, os números de abate de gado melhoraram fortemente na maioria dos estados. De forma encorajadora, os estados do leste (Queensland, NSW e VIC) foram responsáveis por 91% ou 184.900 do aumento de 202.000 cabeças no abate em comparação com o primeiro trimestre de 2022.
Todos os estados do leste registraram seus maiores volumes trimestrais de abate em mais de dois anos, indicando que os processadores continuam encontrando maneiras de lidar com o aumento da oferta de estoque.
Todos os outros estados experimentaram melhorias ano a ano favoráveis – embora ao analisar o desempenho do estado em relação às médias de cinco anos, o desempenho estagnado dos estados menores no primeiro trimestre sugere que a capacidade de processamento permanece limitada devido a questões trabalhistas. O abate do primeiro trimestre da Tasmânia, SA e WA foi 58%, 45% e 69% abaixo da média trimestral de cinco anos, respectivamente.
Produção
No primeiro trimestre, a Austrália produziu 498.314 toneladas de carne bovina, o maior nível nacional em dois anos. Comparado ao ano anterior, o aumento foi de 15% ou 64.000 toneladas.
Todos os estados registraram melhorias, com WA recuperando sua queda de 11% na produção em relação aos níveis do quarto trimestre de 2022 para aumentar 17% ou 4.000 toneladas com relação ao ano anterior.
Mais uma vez, os estados do leste foram responsáveis por 91% ou 58.900 toneladas da melhoria com relação ao ano anterior.
Os números da South Australian permaneceram firmes, embora deva se modificar para o restante de 2023, a produção de abate deve aumentar no estado à medida que as instalações começarem a se tornar totalmente operacionais.
Fonte: Meat and Livestock Australia (MLA), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.