Edição 360 | 11 de novembro de 2022
Câmara da Indústria de Alimentos da FIEMG debate temas atuais e relevantes durante reunião
ESG, cenário político, conjuntura econômica e negociações coletivas de trabalho. Atuais e relevantes para o setor produtivo, esses temas foram debatidos entre integrantes da Câmara da Indústria de Alimentos da FIEMG em reunião na sede da Federação, em Belo Horizonte, nessa quarta-feira (9).
Quem falou sobre o contexto político após as eleições majoritárias e proporcionais foi a advogada Flávia Santoro, da Gerência de Assuntos Legislativos da FIEMG. Em linhas gerais, ela apresentou a composição das bancadas na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados e no Senado. Segundo ela, "a FIEMG vai seguir dialogando e buscando a aproximação com os parlamentares mais alinhados com os temas de interesse da indústria”. A advogada destacou ainda projetos de lei em tramitação no Legislativo e resoluções que refletem no setor. Um deles é o que trata da rotulagem de alimentos, que passou a vigorar a partir de 9 de outubro deste ano.
Pelo painel, é possível identificar o tamanho do rebanho brasileiro, o número de estabelecimentos com atividade pecuária e informações de abate
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disponibilizou, nesta terça-feira (8), o Painel Temático da Pecuária, uma ferramenta de pesquisa que facilita o acesso a dados de um dos setores produtivos mais importantes no Brasil. O painel pode ser visitado no site do Observatório da Agropecuária Brasileira.
Ao acessar o painel, o usuário poderá navegar por duas plataformas: estatística e geoespacial. Por meio dessas plataformas, encontra dados classificados por período, região, unidade federativa e município. Além disso, é possível identificar o tamanho do rebanho brasileiro, raça dos animais, o número de estabelecimentos com atividade pecuária e informações de abate.
Dessa vez, o Painel da Pecuária traz um diferencial em comparação a outros painéis disponíveis: a aba Megatendências, localizada na Plataforma estatística, a qual disponibiliza as informações do estudo “O Futuro da Cadeia Produtiva da Carne Bovina no Brasil: Uma visão para 2040”, produzido pela Embrapa Gado de Corte em parceria com o Mapa.
O estudo traz os resultados no monitoramento do ambiente externo, apresentando informações estratégicas de um conjunto de sinais e tendências que impactarão na pecuária de corte no futuro, consolidando dez megatendências.
São elas: biológicas à frente no manejo de resíduos; biotecnologia transformando a pecuária; menos área de pasto, mais carne; lucro apenas com bem-estar animal; pecuária consolidada com grandes players; frigorífico: mais natural e com maior exigência de qualidade; carne com denominação de origem; Brasil, mega exportador de carne e genética; digital transformando a cadeia produtiva; e apagão de mão-de-obra.
Todas as informações disponibilizadas têm por fonte o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Embrapa, a Conab e o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (Lapig/UFG).
Observatório
O Observatório da Agropecuária Brasileira sistematiza, integra e disponibiliza um gigantesco conjunto de dados e informações da agricultura e pecuária do país - e também mundial -, tornando-se, assim, uma inovadora solução tecnológica. A ferramenta provê subsídios aos processos de tomada de decisão e de formulação de políticas públicas.
Seu objetivo é fortalecer e aprimorar a integração, a gestão, o acesso e o monitoramento dos dados e informações de interesse estratégico para o setor agropecuário e para o Brasil. O acesso ao sistema é aberto ao público, sendo algumas informações disponíveis conforme os perfis de acesso.
Fonte: Ministério da Agricultura
Ferramenta interativa apresenta desempenho recente da indústria brasileira a partir da combinação de indicadores
O comportamento da indústria é capaz de aquecer ou de esfriar toda a economia e, ato contínuo, a vida da população. Se a indústria perde energia, ela puxa o emprego de qualidade e a renda para baixo. Quando aquecida, também aquece o Produto Interno do Bruto (PIB). Um exemplo disso é que cada R$ 1 produzido na indústria gera R$ 2,43 na economia. Por isso, todo brasileiro deve se preocupar com o desempenho da indústria, seja para entender o momento atual seja para projetar seus planos no futuro.
Esse acompanhamento pode ser feito pelo Termômetro da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A ferramenta interativa é atualizada todas as semanas e permite identificar rapidamente se a indústria está crescendo ou não. A análise é baseada em um conjunto de indicadores e traduz de maneira mais apurada a situação da indústria. Vale notar que ainda que a indústria apresente um bom desempenho, é possível que alguns indicadores registrem resultado negativo. Ou vice-versa.
A análise é para o início de novembro de 2022, mas os dados são de setembro e outubro conforme o indicador.
Produção industrial recua 0,7% em setembro
A produção física da indústria (transformação e extrativa) recuou 0,7% em setembro de 2022 em relação a agosto. Com esse resultado, a produção industrial se encontra 1,4% abaixo do patamar em que se encontrava em dezembro de 2021. Além disso, houve queda de 1,1% no acumulado de janeiro a setembro de 2022, contra o mesmo período de 2021. Na comparação com o patamar pré-pandemia, a produção se encontra 2,4% abaixo de fevereiro de 2020.
Com safra recorde de grãos e inversão do ciclo pecuário, banco holandês projeta também um alívio nos custos, o que tende a favorecer frigoríficos menores voltados ao mercado interno
Se nos últimos três anos o consumo brasileiro per capta de carne bovina chegou ao seu menor patamar em mais de uma década, ao longo de 2023 as perspectivas são de crescimento nas vendas no mercado interno – a primeira desde 2018. Segundo projeção divulgada na quarta-feira (09/11) pelo banco holandês Rabobank, o volume consumido pelos brasileiros deverá passar dos atuais 27,7 quilos por habitante ao ano para 28,2 quilos, avanço de 1,5%.
“O cenário base que a gente está trabalhando é de uma recuperação econômica do poder de compra refletindo um ambiente econômico de menos juros e menos inflação, o que deve favorecer o consumo de carne bovina”, explica o analista de proteína animal do banco, Wagner Yanaguizawa.
A produção de carne bovina no ano que vem deve ser de 10,5 milhões de toneladas, crescimento de 2%. O analista destaca a queda nos preços do bezerro e o aumento do descarte de fêmeas este ano como sinais de inversão do ciclo pecuário, com maior oferta de animais prontos para abate e redução no preço médio da arroba, hoje próximo dos R$ 300.
“Esse cenário de maior oferta deve pressionar os preços da arroba, mas também deve recuperar os níveis de consumo doméstico, principalmente por conta dessa queda muito forte que a gente está vendo nos últimos anos”, pontua o analista.
A China, maior destino externo da carne bovina brasileira, vem pressionando os valores pagos pela carne. De acordo com dados da Secex, em janeiro, a proteína nacional foi embarcada ao país asiático ao preço médio de US$ 6,25 por quilo, subindo de forma consecutiva até junho, quando atingiu o recorde da série histórica, de US$ 7,33/kg. Desde então, os valores passaram a cair mês a mês, chegando a US$ 6,14/kg em outubro, ou seja, o menor deste ano.
Segundo pesquisadores do Cepea, as recentes quedas nos preços pagos pela China pela carne brasileira vêm resultando em pressão sobre os valores de negociação da arroba bovina no Brasil. Dados do Cepea mostram que, na parcial deste mês (até 8 de novembro), a média do Indicador é de R$ 286,03, quedas de 3,4% frente à de outubro/22 e de expressivos 10,9% no acumulado de 2022, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI).
A pressão sobre os valores internos da arroba também se deve ao crescimento na oferta de animais para abate, que vem resultando em alongamento das escalas.
Fonte: Notícias Agrícolas
Os dados indicam retrocesso nos embarques de carne suína em outubro
Os dados levantados através do sistema de estatísticas do comércio exterior – Comex Stat do Ministério da Economia indicam retrocesso nos embarques de carne suína em outubro. O total exportado atingiu perto de 97 mil toneladas, significando queda de 4,1% sobre setembro último e mostrando quase que o mesmo volume embarcado em outubro do ano passado. A receita auferida, por sua vez, atingiu 234,7 milhões, significando retrocesso de 2,8% em relação a setembro último, mas apresentando incremento de 9,2% sobre o mesmo período de 2021.
Nos primeiros dez meses do ano os embarques atingiram 904,6 mil toneladas, equivalendo a redução de 4,5% sobre o mesmo período de 2021, enquanto a receita alcançou valor de quase US$2,060 bilhões, incidindo em queda de 8,5% na mesma base de comparação.
O volume acumulado nos últimos doze meses – novembro de 2021 a outubro de 2022 – atingiu quase 1,070 milhão de toneladas, volume 4,1% abaixo do embarcado no mesmo período imediatamente anterior. A receita alcançou quase 2,417 bilhões, apontando queda de 8,4% no período analisado.