InfoCarne Online

Edição 355 | 30 de setembro de 2022

Almir Vasconcelos

Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução

Dia do Churrasqueiro: 'ver a satisfação dos que comem meu churrasco não tem preço', diz chef de Caruaru

Nesta sexta-feira (30) é comemorado o Dia do Churrasqueiro.

O churrasco é uma comida que está presente na vida de muita gente e é utilizado para reunir a família e amigos, principalmente nas festas de domingo. O Dia do Churrasqueiro é celebrado nesta sexta-feira (30) e o g1 conversou com Almir Vasconcelos, de 42 anos, que começou a trabalhar nesta profissão há quatro anos e se tornou chef, em Caruaru, Agreste de Pernambuco.

Desde criança, Almir já tinha uma admiração com aqueles que faziam o churrasco nos encontros familiares. "A paixão pelo churrasco veio das festas em família e amigos, eu admirava como as pessoas que estavam assando fazia aquilo com tanta alegria, e fazia todos felizes com o churrasco servido, isso foi me encantando. É um amor de infância", contou.

Antes era só um hobby, mas o churrasqueiro começou a perceber que esse passatempo poderia ir além das festas. "Comecei a fazer para amigos ainda na juventude, e foi se tornando uma paixão e eu comecei a me profissionalizar na gastronomia com especialização em churrasco", falou Almir.

"Ver a satisfação dos que comem meu churrasco, no semblante a alegria de estar comendo algo incrível. Isso não tem preço", ressalta o churrasqueiro sobre a motivação que recebe toda vez que trabalha em alguma festa.

Almir também comenta do incentivo que gosta de levar para as pessoas que desejam entrar neste ramo. "Vários amigos e clientes se tornaram churrasqueiro porque viu em mim aquilo que eu vi quando me apaixonei pelo churrasco, hoje sou influenciador para aqueles que amam churrasco", diz.

Fonte: G1

O que aconteceu com os cortes comerciais?

Na última década toda a cadeia de bovinocultura, teve um salto gigantesco na sua evolução, em um efeito dominó causado por um hambúrguer de angus da rede Mcdonald's, desencadeando um alto nível de interesse por marmoreio (gordura entremeada à carne) essa nova febre impulsionou o desenvolvimento interno da nossa agropecuária melhorando a genética do gado nelore, dando um salto de qualidade desde o embrião até ao prato do consumidor.

Com todo esse avanço do tradicional para os cortes especiais então surge a era da gourmetização com as novas nomenclaturas e conceitos deixando o consumidor super confuso e isso gerou a necessidade da especialização da mão de obra para auxiliar os consumidores com essa nova realidade chocante ‘’Não existe carne de segunda se o boi for de primeira’’. (Marcos Bassi)

Quem conseguiu acompanhar esse salto, são os mesmo que mantiveram suas portas abertas após a pandemia, são pessoas determinadas com propósitos e disposição para resistir, atapetando-se sempre e avançando sem abrir mão da dignidade e respeito ao próximo criando novos cargos como os consultores e técnicos para que o consumidor deixe de conhecer somente preço e torne-se também em um especialista e apreciador da perfeita qualidade.

Edimar Alves da Costa

Açougueiro | Consultor especialista de Carne | Líder em treinamento na Festval


Dizer que o consumidor não entende de cortes bovinos é uma injustiça, porque boa parte dos profissionais de hoje também não dominam esse conhecimento, são pouquíssimos os consumidores que conhecem o básico sobre cortes, nomenclaturas e raças bovinas, uma grande parte dessa minoria de conhecedores pertencem a uma classe social mais elevada, eles querem entender o valor do produto, enquanto a outra classe mais humilde se atenta somente ao preço do produto que qualquer outra coisa.

A grande verdade é que quem não conhece o produto está sujeito uma hora ou outra, pagar por algodão doce e levar rapadura.

Fonte: Churrasco e prosa

Encerramento do prazo para pagamento da Taxa de Controle e Manutenção de Regime Especial

Encerra no dia 30 de setembro de 2022 o prazo para o pagamento da Taxa de Controle e Manutenção de Regime Especial do exercício corrente, nos termos da Resolução nº 5.606, de 30/8/2022.

O não pagamento da taxa até o dia 30 de setembro implica cobrança de multas e juros contados até 90 (noventa) dias após o vencimento. Decorrido esse prazo sem o recolhimento da taxa, o regime especial será revogado de ofício. Caso o regime seja cassado, a falta do recolhimento da taxa não será formalizada para fins de emissão de Certidão de Débitos Tributários (CDT).

A obrigatoriedade do recolhimento já foi informada, via Sistema Integrado de Administração da Receita Estadual (SIARE), a todos os contribuintes mineiros beneficiários do regime especial de tributação, por meio do Comunicado SUTRI 015/2022 na caixa de mensagem no SIARE.

O Documento de Arrecadação Estadual (DAE) não será enviado para o endereço do contribuinte, devendo ser emitido no site da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG).

Destacamos que nos termos do art. 5º do Regulamento das Taxas Estaduais, aprovado pelo Decreto nº 38.886, de 1º de julho de 1997, a Taxa de Controle e Manutenção de RE não será exigida no exercício em que o regime especial for concedido.

Por fim, informamos que para este exercício, o valor da taxa é de 607 UFEMG, o equivalente a R$ 2.895,5721 por regime especial concedido. Para emissão do DAE, clique aqui.

Mais informações e esclarecimentos podem ser solicitados pelas associadas Sinduscarne à Gerência Tributária, pelo telefone (31) 3263-4378 ou pelo e-mail: tributario@fiemg.com.br

Fonte: Fiemg

Amazônia: atividades de baixo carbono aliam desenvolvimento à conservação florestal

Debate promovido pelo Instituto Amazônia+21 e pela CNI abordou potencial de descarbonização da economia para a região

Buscar caminhos efetivos para a descarbonização da produção industrial e dos demais setores na Amazônia Legal e possibilitar o desenvolvimento de negócios sustentáveis na região. Esse foi o objetivo do debate promovido pelo Instituto Amazônia+21 e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (28). A primeira edição da Jornada de Negócios e Sustentabilidade discutiu meios, projetos e ações para a região Amazônica se beneficiar da corrida global pela descarbonização, apresentando o potencial de negócios e as oportunidades de melhoria de vida para as comunidades tradicionais.

Na abertura do evento, transmitido online pelo canal da CNI no Youtube, o diretor do Instituto Amazônia+21 e presidente da Federação da Indústria do Estado de Rondônia, Marcelo Thomé, destacou que as oportunidades para descarbonização na região são diversas e não se restringem somente à venda de crédito de carbono.

“Trata-se de pensar uma nova indústria, mais adequada à região e que seja menos emissora de gases de efeito estufa no seu processo produtivo. Temos diversos exemplos, no Brasil, de setores que avançaram fortemente na redução de emissões, como o sucroalcooleiro de segunda geração, que hoje tem saldo positivo na sua cadeia. Em Rondônia, a empresa Energisa, que é parceira do Instituto Amazônia+21, por meio de investimentos em rede de distribuição na ordem de R$ 1 bilhão, permitiu o desligamento de diversas térmicas e com isso evitou a emissão de cerca de 300 mil toneladas de gases de efeito estufa. São exemplos que evidenciam diversas oportunidades que temos na região Amazônica”, disse.

Thomé destacou ainda o potencial de geração de créditos de carbono na região. Segundo o diretor, somente do ponto de vista florestal, a Amazônia representa 17% do estoque de carbono do planeta. “Isso pode e será disruptivo do ponto de vista econômico, de geração de prosperidade, riqueza, bons empregos e dignidade para os 29 milhões de brasileiros que vivem nessa região”.

Marcelo Thomé destacou as oportunidades para descarbonização na Amazônia


O secretário nacional da Amazônia e Serviços Ambientais do Ministério do Meio Ambiente, Marcelo Freire, destacou que, além do mercado de carbono, é preciso olhar para o potencial da região no aspecto das atividades produtivas de baixa emissão de carbono. Ele também reforçou que a região tem potencial para ser uma referência internacional de um grande centro global de produção de baixa intensidade de carbono e a questão do financiamento está cada vez mais ligada às questões ambientais.

“A questão do carbono está cada vez mais presente na tomada de decisão da alocação de recursos mundo afora. Para uma multinacional, quanto mais operações tiver em lugares de baixa intensidade de carbono, mais está diluindo a pegada [de carbono] das operações”, destacou. “Sob o olhar da indústria isso é extremamente importante. Este é o grande diferencial vocacional e competitivo da indústria nacional”, disse.

Experiências sustentáveis em desenvolvimento na região

A Fundação Jari e o Grupo Ultra são exemplos de empresas que já desenvolvem iniciativas sustentáveis na região. Representantes das duas instituições, que são associadas do Instituto Amazônia+21, participaram do encontro e compartilharam as experiências.

A Fundação Jari desenvolve no município de Almeirim, no Pará, um projeto REDD+ para manejo florestal e conservação da biodiversidade numa área de 500 mil hectares, garantindo proteção ambiental e investimentos para a comunidade. Baseadas em um modelo de desenvolvimento econômico que valoriza a floresta, as atividades do projeto são viáveis porque combinam o manejo florestal de baixo impacto com a comercialização dos créditos de carbono.

O coordenador de Operações Sociais da instituição, Jorge Rafael Almeida, destacou que entre os principais desafios para o desenvolvimento da região estão o ordenamento territorial, a disponibilização de assistência técnica e o investimento em soluções energéticas.

“Não dá para falar de bioeconomia e de descarbonização sem uma política séria de fiscalização ambiental. Qualquer iniciativa de ESG na Amazônia prescinde do bem-estar das pessoas que nelas vivem, das pessoas que tiram da floresta o seu sustento. O recado, então, para as indústrias que querem investir na Amazônia é pensar em soluções integradas com políticas públicas, de crédito, extensão rural e transferência de tecnologia”, afirmou.

A gerente executiva de Sustentabilidade e Impacto Social do Grupo Ultra, Ligia Camargo, destacou a importância de olhar para a implementação de uma iniciativa ou estratégia de sustentabilidade de uma maneira transversal e consolidada e de aprimorar a mensuração dos impactos para a Amazônia. “Alavancar esse olhar de oportunidades com a floresta faz com que a gente mude também a relação das empresas com a floresta. A gente tem que deixar de olhar porque a Amazônia é importante e começar a olhar o que é importante para a Amazônia”, destacou.

Lígia explicou que o grupo tem atuado na descarbonização das atividades por meio de inovação e tecnologia, novos modelos de negócios e parcerias. “A Ipiranga, por exemplo, já é neutra em carbono desde 2014 e está investindo em iniciativas de mobilidade e eficiência energética buscando usar menos produtos carbono intensivos”.

Financiamento para ações climáticas é um dos principais desafios

O gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, destacou que o financiamento é uma das principais barreiras quando se fala em sustentabilidade, tanto no Brasil como no ambiente internacional, e atinge especialmente micro e pequenas empresas. O tema deve ser uma das discussões centrais da COP27 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas - que acontecerá em novembro, no Egito.

“A CNI vem mapeando o fluxo de capital internacional dedicado a ações para as mudanças climáticas e ESG, e a gente começa a perceber grandes barreiras, principalmente quando olhamos para micro e pequenas empresas. São esses os mais afetados, geralmente em função do desconhecimento dessas fontes de recursos e dificuldades em como acessá-los”. Segundo Bomtempo, as garantias coletivas podem ser uma solução para resolver para ajudar esse tipo de empreendimento.

Davi Bomtempo destaca o financiamento para ações climáticas como os principais desafios para micro e pequenas empresas


O superintendente da Área de Gestão Pública e Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Julio Costa Leite, explicou que uma das dificuldades relacionadas a crédito na Amazônia é a falta de garantia. Para suprir essa lacuna, a instituição deverá lançar um fundo garantidor para micro e pequenas empresas na região. Também informou que o banco disponibilizou este ano um instrumento novo, chamado blended finance, que envolve disponibilização de recursos privados para financiar questões socioambientais. O BNDES recebeu mais de 50 propostas, que demandariam investimento de R$ 5 bilhões, e estão em fase de avaliação.

E, para fomentar o mercado voluntário de carbono, o banco lançou uma chamada, no valor de R$ 100 milhões, para projetos dedicados à venda de créditos. “Há muitos desafios e gargalos, mas há também oportunidades são grandes. Amazônia está no centro do debate da questão climática e o mercado de carbono representa grande potencial a ser explorado”, afirmou.

Empresas mais engajadas no tema

As empresas brasileiras estão se engajando cada vez mais no tema da sustentabilidade. Segundo Rebeca Lima, diretora executiva do CDP Latin America, 48 grandes empresas do Brasil – de um total de 200 na América Latina - utilizam a plataforma da organização para mensurar seus impactos e divulgar suas práticas ambientais. A maior parte são de setores de manufatura, alimentos, agricultura e bebidas.

Ela destacou que, quando se medem os riscos e oportunidades relacionados à adequada gestão dos recursos naturais, há muito mais ganhos do que perdas. Os riscos reportados ao CDP pelas empresas que estão engajadas à organização somam US$ 758 milhões, já as oportunidades chegam a US$ 1,4 bilhão - possível ganho financeiro com a materialização das oportunidades florestais em relação ao potencial de impacto financeiro ou estratégico nos negócios.

Rebeca destacou ainda a importância dos sistemas de rastreabilidade das commodities de risco florestal para fortalecer as cadeias produtivas e, ao mesmo tempo, atrair investimentos tanto do setor empresarial quanto de investidores. Segundo ela, 80% das empresas que reportam ao CDP têm mecanismos já estabelecidos, mas ainda há muito espaço para melhoria do ponto de vista de ambição. “Apenas 30% desses sistemas atingem critérios de liderança, ou seja, envolvem cobertura da cadeia, trabalhando com todos os fornecedores até a ponta, envolve ecossistemas inclusivos”, explicou.

O CPD também identificou como tendência o aumento da participação do setor financeiro na discussão sobre proteção das florestas, embora abaixo de discussões sobre mudanças climáticas, o que revela um descasamento entre as duas políticas. Cerca de 50% das instituições financeiras engajam seus clientes em temas florestais, enquanto 88% engajam em temas relacionas a mudanças climáticas e somente 37,5% oferecem produtos que evitam o impacto nas florestas, enquanto 94% oferecem produtos que evitam o impacto climático. Nesse sentido, há muitas oportunidades a serem exploradas.

Fonte: CNI

Governo Mais Legal - Trabalhista

O Ministério do Trabalho e Previdência e a Secretaria-Geral da Presidência da República instituíram o Programa de Estímulo à Conformidade Normativa Trabalhista – “Governo Mais Legal – Trabalhista”, por meio do Decreto nº 11.205, publicado no Diário Oficial da União no dia 27/09/2022.

Tal Decreto estabelece uma política que otimiza a interação entre o Poder Executivo Federal e os empregadores, com o objetivo de impulsionar a cultura de confiança recíproca por meio do cumprimento da legislação trabalhista.

O Programa estimula a conduta empresarial responsável como elemento estratégico para promover conformidade às normas de proteção ao trabalho, e ainda incentiva o trabalho decente, a melhoria do ambiente de negócios e o aumento da competitividade, bem como a modernização das ferramentas de atuação da Inspeção do Trabalho.

O Programa será regulamentado e implementado pelo Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), que disponibilizará em seu banco de dados registros trabalhistas individualizados com possíveis indícios de irregularidades, possibilitando uma atuação proativa e preventiva do empregador nas relações laborais.

O Decreto nº 11.205/2022 entrará em vigor em 12 de dezembro de 2022 e para acessar seu texto completo clique aqui.

Fonte: Fiemg

País gerou 278.639 postos de trabalho formais em agosto

Resultado positivo ocorreu em todos os setores da economia e nas 27 Unidades da Federação, segundo dados do Novo Caged

O Brasil manteve o forte ritmo de geração de empregos com carteira assinada, alcançando um saldo positivo de 278.639 postos de trabalho formais no mês de agosto, segundo dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados do MTP (Novo Caged). De janeiro a agosto, o saldo chegou a 1.853.298 postos gerados no ano, decorrente de 15.653.839 admissões e 13.800.541 desligamentos no período. Se considerados os últimos 12 meses, o total de empregos gerados chega a 2.455.662 postos formais.

Os dados de agosto demonstram ainda que, somente no intervalo de julho de 2020 a agosto de 2022 - considerado período de retomada do emprego formal, o país registrou saldo de 5.836.476 postos de trabalho, alcançando um estoque recorde histórico de 42.531.653 empregos formais registrados no Novo Caged.

Caged regional e setorial – O resultado positivo ocorreu em todos os setores da economia nas 27 Unidades da Federação, com destaque para São Paulo, que gerou no mês 74.973 postos de trabalho. A região Nordeste foi o grande destaque regional, com crescimento de 0,96% da força de trabalho, o maior crescimento relativo entre as cinco regiões brasileiras.

O setor de Serviços apresentou ótimo desempenho no mês, gerando 141.113 vagas, seguido pela indústria, setor que obteve o segundo maior crescimento, gerando 52.760 postos formais, mostrando a sustentação de sua retomada. Também foram positivos os saldos do comércio, (41.886); a construção civil, (35.156) e a agropecuária que gerou 7.724 vagas no mês.

O setor da construção civil teve o desempenho mais destacado no acumulado do ano, com um crescimento de 10,89%, assim como o bom desempenho foi verificado em todos os demais setores da economia, também com saldos positivos no ano. O setor de Serviços obteve 1.027.288 vagas geradas e a indústria 319.379 novos postos gerados no período.

Outro destaque de Agosto foi o salário médio real de admissão, que apresentou crescimento pelo terceiro mês seguido, fruto do aquecimento do mercado de trabalho e do sucesso das políticas de controle da inflação do governo.

Os dados completos do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) de agosto podem ser acessados no site do Ministério do Trabalho e Previdência pelo link http://pdet.mte.gov.br/novo-caged.

Fonte: Ministério do Traballho e Previdência

Rússia suspende restrições sobre carne bovina de Mato Grosso

Além de Mato Grosso, foram retiradas exigências adicionais impostas após casos atípicos de "vaca louca" em 2021 ao estado de Minas Gerais

A Rússia suspendeu as restrições impostas a frigoríficos de carne bovina de Mato Grosso e Minas Gerais após casos atípicos de “vaca louca” em 2021. A retomada da compra de carne bovina mato-grossense e mineira foi informada por meio de comunicado do Serviço Federal de Vigilância Sanitária e Fitossanitária (Rosselkhoznadzor) do Ministério da Agricultura russo.

A Rússia vinha mantendo restrições sobre as exportações de carne bovina de frigoríficos dos dois estados desde setembro do ano passado.

O comunicado do Rosselkhoznadzor informou que “em conexão com a melhora no território brasileiro da situação epizoótica da encefalopatia espongiforme bovina, a partir de 21 de setembro de 2022, são canceladas as restrições temporárias anteriormente introduzidas”.

Além da carne desossada obtida de bovinos com mais de 30 meses de idade, foram liberados produtos como gado vivo, sangue e produtos contendo sangue de gado.

Na lista constam ainda liberações para carne com osso, miudezas de carne bovina, matérias-primas intestinais obtidas de bovinas (exceto tripas descascadas), carne bovina obtida de desossa mecânica, proteínas de bovinos transformadas destinadas à alimentação de animais de produção e alimentos para animais de produção (incluindo proteínas de bovinos transformadas, com exceção das proteínas do leite).

Suspensão das restrições comprova qualidade da carne

Para a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), a retomada do mercado comprova a qualidade da carne mato-grossense. Além disso, significa um reconhecimento da sanidade do rebanho do estado.

Conforme o diretor-técnico da entidade, Francisco Manzi, apesar de demorada, a decisão só atesta o que havia sido informado ao país na época da imposição das restrições, a de que não há nenhum risco de contaminação da doença da “vaca louca” e que Mato Grosso preza pelas excelentes condições sanitárias dos seus animais.

“Em setembro do ano passado, nós tivemos dois casos de vaca louca atípica. Tanto a China, quanto a Rússia, fizeram um bloqueio das importações de carne. Cem dias depois a China retomou as compras e a Rússia manteve seus embargos, quando só aceitava animais de até 30 meses de idade. Agora, o país retorna comprando inclusive animais vivos e vísceras desses animais”, pontua Manzi.

O diretor-técnico da Acrimat lembra que países como Irã, Egito e Arábia Saudita, que tinham algum tipo de sanção, também suspenderam suas restrições. “Isso nada mais é do que um reconhecimento da sanidade e qualidade do nosso rebanho”.

Fonte: Canal Rural

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