InfoCarne Online

Edição 354 | 23 de setembro de 2022

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) detectou a contaminação por monoetilenoglicol

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Anvisa alerta empresas sobre uso de substância tóxica em alimentos humanos

Empresas em posse dos lotes de propilenoglicol contaminado devem adotar medidas de controle e não podem usar ou comercializar o ingrediente

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nessa terça-feira (20/9), um alerta para todas as empresas envolvidas na cadeia produtiva de alimentos de consumo humano sobre o uso de lotes do ingrediente propilenoglicol, da marca Tecnoclean. A substância era usada na fabricação de petiscos para cachorros e é suspeita de ter sido responsável pela morte de, pelo menos, 50 animais em todo Brasil.

De acordo com a Anvisa, a medida é uma orientação às empresas e reforça a resolução 3.008, de 9 de setembro, que determinou o recolhimento dos lotes AD5035C22 e AD4055C21 do ingrediente, além de proibir a sua comercialização, distribuição e manipulação. Os lotes foram analisados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que detectou a contaminação por monoetilenoglicol, substância considerada extremamente tóxica.

A empresa que identificar o uso de algum desses lotes de propilenoglicol deve adotar medidas imediatamente, incluindo uma investigação de potencial contaminação e todas as outras ações necessárias para evitar o consumo dos alimentos fabricados com esse ingrediente.

“Como se trata de alimentos que representem risco ou agravo à saúde do consumidor, a empresa responsável deve comunicar à Anvisa a necessidade de recolhimento de lotes dos alimentos fabricados com essa matéria-prima imediatamente após a ciência, e atender os dispositivos da RDC 655/2022, que dispõe sobre o recolhimento de alimentos e sua comunicação à Anvisa e aos consumidores”, ressalta o alerta da Anvisa.

Eventos adversos ou a simples suspeita deles, relacionados ao consumo de alimentos que foram fabricados com algum desses lotes, devem ser notificados a Anvisa.

Uso em produtos para humanos foi investigado

Na última semana, a Anvisa informou ao Estado de Minas que uma investigação sobre o uso do propilenoglicol contaminado em produto destinados a uso humano estava em curso. As indústrias que podem fabricar produtos destinados ao consumo de seres humanos foram notificadas.

"A Anvisa enviou notificações às empresas solicitando informações e documentos que comprovem a destinação dada ao propilenoglicol dos lotes contaminados. A Agência também solicitou às vigilâncias sanitárias locais o apoio para este levantamento", diz comunicado oficial.

Marcas de alimentos para animais tiram produtos do mercado

Com a dificuldade em saber quais produtos podem estar, ou não, contaminados com monoetilenoglicol, diversas marcas de alimentos para animais se retiraram do mercado. Na última quinta-feira (15/9) a FVO alimentos informou que faria a retirada dos produtos Dudogs, Patê Bomguy e Bomguytos Bifinho (nos sabores churrasco e frango & legumes) do em todo o território nacional.

A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senacon) havia notificado a Bassar Pet Food para que apresente o recall formal de seus produtos. Para a pasta, a empresa deve formalizar o chamamento, com ampla divulgação e nos termos regulamentados pelos órgãos competentes. Caso as medidas não fossem tomadas, a Bassar poderia sofrer processos administrativos e aplicação de sanções.

As empresas Peppy Pet e Upper Dog Comercial Ltda, também foram notificadas pelo Mapa a recolherem seus petiscos fabricados com os lotes de propilenoglicol.

Fonte: Estado de Minas

Foto: Sebastião Jacinto Júnior

Saúde mental e produtividade na pauta do Conselho de Relações do Trabalho da FIEMG

Reflexos da pandemia de Covid-19 sobre o desempenho e a vida dos trabalhadores é um dos temas de ampla reunião

A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que entre um terço a 50% da população sofra algum tipo de dano psicossocial durante uma pandemia. A partir dessa constatação o tema Saúde Mental e Produtividade – Impactos da Pandemia na Saúde Mental foi desenvolvido por Vanessa Winter Nunes, da Gerência de Saúde do SESI, durante a reunião do Conselho de Relações do Trabalho e Gestão Estratégica de Pessoa da FIEMG, nesta terça-feira (20).

Winter ponderou que, ainda segundo dados da OMS, 75% dos adultos relataram níveis moderados a altos de estresse ao longo desta pandemia. Ela lembrou que a Síndrome de Burnout, um “esgotamento profissional” está entre os acometimentos que merecem mais atenção das empresas.

Prevenção

A analista fez considerações, também, sobre a importância das ações para prevenção de acidentes de trabalho. “A prevenção custa menos para a empresa do que ter um trabalhador adoecido”, observou. De acordo com a especialista, acidentes podem ser causados pelos chamados riscos internos não relatados, como cansaço, sono, pressa, ansiedade e desatenção, entre outros fatores, aos quais os gestores precisam estar atentos.

Vanessa Winter salientou que o SESI oferece diversas soluções em saúde mental para as empresas e frisou que há relatos que comprovam o quanto trabalhadores que previnem e cuidam da saúde colaboram para agregar uma infinidade de valores ao processo produtivo. “A saúde da empresa depende da saúde dos seus colaboradores”, considerou.

O presidente do Conselho de Relações do Trabalho e Gestão Estratégica de Pessoa da FIEMG, Áureo Calçado Barbosa, e a gerente de Relações Trabalhistas da FIEMG, Verônica Álvares, fizeram coro a fim de que se tome cuidado para que o Burnout não seja associado apenas à empresa. “Temos que nos preocupar com o Burnout, que agora foi considerado responsabilidade da empresa, para que não seja atribuído só ao CNPJ”, destacou Álvares.

Sesmt

A gerente fez algumas considerações também sobre a Nova Regulamentação Nº 4, que trata do Serviço de Saúde e Segurança nas Empresas (Sesmt). Ela lembrou que a portaria que traz uma nova redação para a NR 4 – cujo texto original é anterior à Constituição de 1988 – entrará em vigor em novembro. E, como uma das principais alterações, Álvares pontuou a possibilidade de terceirização dos integrantes do Sesmt. O assunto será tratado com mais detalhes em reunião futura do conselho.

O advogado Gustavo Mendes, da Gerência Jurídica da FIEMG, fez considerações sobre a penhora jurídica on-line, com vistas a atingir os bens dos sócios – e ex-sócios – para cumprimento das obrigações da pessoa jurídica. Mendes explicou que essa mistura da pessoa física com a pessoa jurídica é prevista no Artigo 50 do Código Civil, mas que a FIEMG está acompanhando de perto projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional para modificar essa regulamentação, de forma a não prejudicar ex-sócios.

As últimas discussões jurídicas acerca do estabelecimento de pisos salariais para enfermeiros e engenheiros foram abordadas pela advogada Carolina Monteiro, da equipe da FIEMG. Ela ressaltou que as alegações acerca da inconstitucionalidade de um novo piso para a enfermagem, por exemplo, baseiam-se na ideia da quebra da autonomia econômica de estados e municípios. Ambos os assuntos serão temas de novas reuniões com conselho.

Confira aqui mais imagens da reunião do Conselho de Relações do Trabalho e Gestão Estratégica de Pessoa da FIEMG

Fonte: Fiemg

Mapa participa da maior feira de alimentos e bebidas da América Latina

A Expoalimentaria conta com participação de 13 expositores brasileiros no Pavilhão Brasil

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio das Secretarias de Comércio e Relações Internacionais (SCRI/ Mapa) e de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF/ Mapa), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), participa da Missão Comercial ao Peru, por ocasião da Feira Expoalimentaria 2022 que ocorre de 21 a 23 de setembro, em Lima, no Peru.

A Expoalimentaria é uma feira de negócios multisetorial – inclui os setores de alimentos e bebidas, serviços, máquinas, equipamentos e embalagens – que vem se consolidando como uma das mais importantes da América do Sul. O evento oferece amplas oportunidades de contatos comerciais, negócios e abertura de mercados às empresas brasileiras, aumentando o fluxo de comércio entre o Brasil e o mercado da América Latina.

“A participação em feiras internacionais é uma das estratégias de comercialização que visa a abertura de novos mercados para as empresas brasileiras, oferecendo oportunidades de negócios para a exportação de produtos nacionais, além de fornecer conhecimento de novas tecnologias aos produtores. É uma grande vitrine para a produção brasileira na América do Sul”, avalia o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Márcio Cândido.

Nesta terça-feira (20), a delegação brasileira participou do Seminário “Potencial do Comércio Bilateral de Alimentos entre Brasil e Peru" com a presença de expositores brasileiros na Embaixada do Brasil, em Lima.

Pavilhão Brasil

As empresas, cooperativas e agroindústrias brasileiras que integram ao Pavilhão Brasil na Expoalimentaria 2022 contam com uma estrutura completa para preparação e exposição de produtos, bem como para reunião com os potenciais compradores e apoio técnico de servidores do Mapa.

Desde 2015, a feira tornou-se ponto de encontro internacional de empresas exportadoras e canal especializado no mercado nacional e internacional de alimentos e bebidas na América Latina. Neste ano, participam mais de 650 expositores, sendo 13 estandes brasileiros.

Em 2019, a feira recebeu 560 expositores oriundos de 26 países. O evento promoveu cerca de 1.500 produtos e registrou negócios da ordem de U$ 850 milhões. Cerca de 50 mil visitantes estiveram presentes.

Serviço:

Expoalimentaria 2022
Data: 21 a 23 de setembro de 2022
Horário: 10h às 18h30
Local: Centro de Exposiciones Jockey I Lima, Peru

Fonte: Ministério da Agricultura

Fazenda dentro do território Mỹky, em Brasnorte

Foto: Typju Myky, Coletivo Ijã Mytyli de Cinema Manoki e Myky

Fornecedor da Nestlé usa carne de gado criado em terra indígena disputada

Grandes empresas multinacionais como Nestlé estão envolvidas na compra de carne bovina produzida em um território disputado pelo povo indígena Myky, em Mato Grosso.

Qual o problema disso? Essa atividade aumenta as preocupações quanto ao impacto do comércio de carne bovina sobre populações indígenas e sobre a maior floresta tropical do mundo —fundamental na luta contra a crise climática. Além disso, colocam em xeque as promessas do setor de monitorar cadeias de suprimento e combater o desmatamento.

Como é a terra indígena? De um lado da cerca, em meio a uma floresta densa, o povo Myky cultiva uma diversidade de alimentos, como a mandioca, o pequi e o cabriteiro. Do outro, apenas descampados de terras que foram tomadas dos indígenas, onde os fazendeiros criam gado.

Xinuxi Myky, o ancião da aldeia, relembra que a região inteira era coberta por florestas, e que várias aldeias prosperavam. Agora, o território Myky está tomado por fazendas. "Nesse pasto, onde os brancos estão morando, também era nossa aldeia, mas agora eles estão criando gado."

A terra é indígena? Embora o povo Myky tenha vivido ali durante séculos, o território Menku —como é chamado onde eles vivem, na fronteira entre a Floresta Amazônica e o Cerrado, em Mato Grosso— só foi reconhecido pelo governo brasileiro nos anos 1970. Entretanto, o processo de demarcação do território ancestral Myky não incluiu os estudos técnicos necessários. Por isso a demarcação final da terra indígena Menku permanece sob disputa; o povo Myky clama pelo reconhecimento e demarcação da integridade de seu território e cabe ao governo federal a desintrusão dos fazendeiros.



Existem estudos que reconhecem a totalidade do território Myky. No entanto, o processo de demarcação está sendo contestado na Justiça e atualmente está congelado.

Esta reportagem traz resultados de uma investigação minuciosa conduzida por O Joio e O Trigo em parceria com o Bureau of Investigative Journalism, a NBC News e o The Guardian. Aqui revelamos que o gado criado ilegalmente na região disputada da terra indígena Menku foi parar em um abatedouro conectado a uma complexa cadeia de suprimentos voltada ao mercado global, que inclui a gigante de alimentos e bebidas Nestlé. A empresa usa carne bovina em suas papinhas para bebê, rações para animais de estimação e temperos.

Há outras empresas envolvidas? Outras grandes companhias nesta nebulosa cadeia são McDonald's e Burger King. O McDonald's afirmou à reportagem que entre 2021 e 2022 não teve entre seus fornecedores de carne fazendas sobrepostas ao território Menku. O Burger King afirmou que não discute seus fornecedores estratégicos.

O abatedouro em questão é de propriedade da Marfrig, a segunda maior companhia de carne bovina do Brasil, que alega não comprar gado de fazendas que ocupam ilegalmente terras indígenas ou que estejam envolvidas em desmatamento ilegal.

Atuação na área indígena disputada: Porém, esta reportagem mostra que centenas de cabeças de gado criadas dentro do território indígena Menku foram levadas ao abatedouro da Marfrig em Tangará da Serra (MT), que figura na lista de fornecedores da Nestlé. A investigação aponta também que vários dos mais de 700 fornecedores de gado da Marfrig analisados estão vinculados a mais de 150 quilômetros quadrados de desmatamento nos últimos anos. Por e-mail, a Marfrig afirmou que não poderia responder a essa alegação sem informações mais detalhadas.

Fazendeiros contestam território indígena: Fazendeiros que invadiram terras dos Myky contestam na Justiça a demarcação do território, com apoio de alguns políticos locais. A prefeitura de Brasnorte, onde está localizada a Terra Indígena Menku, ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a demarcação do território reivindicado pelos Myky.

Há conflitos na região? A disputa coloca em perigo os cerca de 130 indígenas que ali vivem. André Lopes, antropólogo que trabalha com o povo Myky, diz que a comunidade é ameaçada frequentemente. "As relações com os fazendeiros da região são instáveis, imprevisíveis, e podem ser de perseguição e hostilidade aberta em alguns casos", afirma.

Ele acrescenta que o agronegócio também prejudica a capacidade dos Myky de se alimentarem, restringindo áreas de pesca e caça e contaminando a terra com agrotóxicos perigosos.

Imagens de satélite mostram atividades: A Marfrig é um dos maiores frigoríficos do Brasil, com 32 mil funcionários e receita de cerca de US$ 15 bilhões em 2021. Em suas operações na América do Sul, a empresa abate 5 milhões de cabeças de gado por ano.

Detalhes sobre seus fornecedores são mantidos sob sigilo, mas nossa investigação obteve informações sobre algumas das centenas de propriedades na Amazônia e no Cerrado das quais a Marfrig compra gado para sua unidade em Tangará da Serra.

Uma análise de imagens de satélite para dados de desmatamento revelou perda de floresta dentro dos perímetros de muitas dessas fazendas ao longo de um período de seis anos. Ao cruzar essas imagens com registros públicos identificamos duas propriedades sobrepostas ao território indígena Menku.

Uma destas, a fazenda Cascavel, transportou gado diretamente para a Marfrig em 2019, de acordo com documentos obtidos pelo Joio. Procurada diversas vezes, a fazenda não respondeu às solicitações de comentários da reportagem.

Para onde vai a carne? Registros alfandegários revelam que o abatedouro de Tangará da Serra exportou quase R$ 6 bilhões em produtos de carne bovina desde 2014 a vários compradores. Os destinos incluem China, Alemanha, Espanha, Itália, Países Baixos e Reino Unido.

Área ainda não homologada: A Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso (Sema) confirmou que as fazendas identificadas pela reportagem estão localizadas dentro do território Myky, mas disse que as propriedades não são consideradas irregulares, já que a terra indígena ainda não foi homologada.

Constituição protege terras: Cristina Leme, analista jurídica sênior do think tank Climate Policy Initiative, não vê fundamento para o argumento: "A Constituição protege todas as terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas, independentemente da etapa de regularização", afirma.

O que diz a Marfrig? A Marfrig afirmou à reportagem que apenas considera terras indígenas aquelas que receberam a aprovação da Presidência da República.

O que diz a Nestlé? A Nestlé afirmou à reportagem que vem excluindo a Marfrig de sua lista de fornecedores de carne desde 2021, e que isso estará refletido na atualização dessa lista.

A corporação suíça informou também que 99% da carne usada em seus produtos é "avaliada como livre de desmatamento", e que está tomando mais medidas para garantir que carne da Marfrig não venha a compor sua cadeia de fornecedores.

O que diz a Funai? Procurada, a Funai não respondeu às questões enviadas pela reportagem.

Definição sobre terra indígena está no STF: O processo da disputa pela terra dos Myky agora está no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma decisão preliminar recente foi favorável à comunidade com relação aos fazendeiros. Mas, conforme a assessoria de comunicação do STF informou ao Joio, o caso ainda não está encerrado.

No Brasil, o registro de terras em áreas rurais é autodeclaratório. Como Ricardo Pael, procurador do MPF em Mato Grosso, diz, "qualquer um pode declarar ser proprietário. O que deve ser feito é uma análise célere pelos órgãos competentes para averiguar a legalidade daquela autodeclaração.".

Para Ricardo Carvalho, da Operação Amazônia Nativa (Opan), a autodeclaração de propriedades rurais está tendo seu uso deturpado. "Deveria ser para uso e ocupação do solo, mas está sendo utilizada para burlar dano ambiental.".

Esta reportagem foi realizada com apoio da Rainforest Investigations Network do Pulitzer Center.

Fonte: UOL Economia

Novos negócios entre MS e EUA serão anunciados em forma de exportações

Foto: Arquivo Correio

EUA enviam missão para inspecionar frigoríficos em MS para novos negócios

O superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em MS, Celso Martins, confirmou a presença dos americanos

Os Estados Unidos enviaram uma missão ao Brasil para visitar frigoríficos em quatro Estados: Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás e Santa Catarina.

A missão começou dia 9 deste mês, já passou por Mato Grosso do Sul , agora está em Santa Catarina e será finalizada próxima semana.

O motivo da missão, na avaliação do superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Celso Martins, pode ser interpretado de três formas: verificar as condições sanitárias dos frigoríficos com intuito de manter, ampliar ou, em uma hipótese negativa, de paralisar as exportações para a promoção de novas adequações.

Apesar das três possibilidades, Celso Martins crê que a tendência é de ampliação das exportações de carne bovina para os Estados Unidos.

Ele explicou que o setor investiu e que as vendas externas – de uma maneira geral – estão aumentando.

O preço da carne bovina trouxe dois ganhos para o pecuarista brasileiro: um com a desvalorização do real e outro com o reajuste de tarifas em dólar.

Números da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) mostram que, no Brasil, já foram exportadas 1,4 milhão toneladas de carne este ano no período entre janeiro e agosto.

Essa quantidade de carne rendeu um faturamento de US$ 8,7 bilhões, a um preço médio de US$ 5.930 por tonelada.

Ano passado as exportações – de janeiro a dezembro – renderam US$ 9,2 bilhões a um preço médio de US$ 4.990 por tonelada.

No total, o Brasil exportou 1,9 milhão de toneladas.

Hoje, Mato Grosso do Sul é o quarto maior exportador de carne bovina do País.

Em 2021, o Estado exportou 190,4 mil toneladas, faturou US$ 897 milhões a um preço médio – por tonelada – de US$ 4.710.

Este ano, no período referente de janeiro a agosto, já foram exportadas 149,5 mil toneladas, com um faturamento de US$ 796 milhões.

O preço médio por tonelada está em US$ 5.320.

No Estado, a missão norte-americana visitou um frigorífico em Campo Grande e outro em Bataguassu - uma da JBS e outro da Marfrig.

Mato Grosso do Sul exporta, para os Estados Unidos, todas carnes produzidas: bovina, suína, de aves e de peixes.

A missão norte-americana era focada na carne bovina e o resultado dela deve ser anunciado próximo mês pelo Mapa.

Fonte: Correio do Estado

Foto: Pixbay

China segue sendo maior destino da carne brasileira

Como comparação, em agosto de 2021, quase 106 mil toneladas foram enviadas à China e, no mesmo mês de 2020, apenas 78,2 mil toneladas, ainda conforme dados da Secex

A demanda chinesa por carne bovina segue bastante aquecida neste ano. E o Brasil, que consegue ofertar uma carne de qualidade, a preços competitivos e em volumes elevados, segue fornecendo quantidades recordes da proteína ao país asiático. Segundo dados da Secex, em agosto, os embarques brasileiros de carne ao país asiático somaram 130,88 mil toneladas, um recorde histórico e representando mais da metade (57,2%) de toda a quantidade escoada a todos os destinos (de 228 mil toneladas).

De acordo com boletim informativo do Cepea, como comparação, em agosto de 2021, quase 106 mil toneladas foram enviadas à China e, no mesmo mês de 2020, apenas 78,2 mil toneladas, ainda conforme dados da Secex. Ressalta-se que agentes do setor consultados pelo Cepea acreditam que os envios sigam intensos nos próximos meses, tendo em vista o típico aumento nas exportações à China no segundo semestre, para formação de estoques.

Fonte: Agrolink