InfoCarne Online

Edição 317 | 22 de novembro de 2021

Agronegócio critica ameaça de veto à carne brasileira nos EUA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) repudiou em nota, nesta sexta-feira (19), a tentativa da Associação de Produtores de Carne dos Estados Unidos (NCBA) de impedir a entrada de carne brasileira em solo americano. Pedido nesse sentido foi encaminhado para o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) na última sexta-feira (12).

Em nota, a Confederação afirma que o Brasil nunca teve qualquer caso de forma típica da Encefalopatia Espongiforme Bovina, o mal da vaca louca, e que nos casos atípicos da doença, registrados este ano, foram cumpridos todos os trâmites exigidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Segundo ainda a CNA, o país não foi notificado sobre qualquer ação irregular.

Na nota, a CNA disse que a associação americana ou está desinformada sobre a situação brasileira ou está adotando uma postura sem nenhum caráter sanitário.

Os EUA têm mostrado, nos últimos dias, que pretendem interferir no comércio com o Brasil. Na quinta-feira (18), o senador Jon Tester apresentou um projeto de lei pedindo o fim da entrada de carne bovina brasileira no país.

Assim como a China, que suspendeu as importações da proteína animal brasileira no início de setembro, os dois pedidos americanos questionam os processos que o Brasil utiliza para detectar doenças animais e falam sobre a demora em avisar sobre dois casos atípicos de doença da vaca louca.

Fonte: UOL

Foto: AdobeStock

Governo de Minas fomenta políticas de exportações de carne suína no estado

Seminário de Promoção de Exportações do Setor de Suínos de Minas Gerais foi realizado, nos dias 27 de outubro, 3, 12 e 17 de novembro, em parceria entre Sede e Seapa

O governo de Minas, por meio da parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede) e Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), formenta a promoção de exportações da agroindústria no estado, investindo nas potencialidades das empresas mineiras de carne suína. A realização do “Seminário de Promoção de Exportações do Setor de Suínos de Minas Gerais”, evento online que aconteceu nos dias, 27 de outubro, 3, 12 e 17 de novembro deste ano, comprova a execução dessas políticas públicas que insere Minas como o 5º estado exportador de carne suína no Brasil.

Potencial de Minas

“Minas Gerais é um dos principais produtores de carne suína, ao mesmo tempo, ainda mantém tímidas as exportações do produto quando comparadas com outros estados da região Sul do Brasil. Sendo assim, a Diretoria de Promoção de Exportações (Dipex), no âmbito da parceria com a Seapa, entende a importância de trabalhar com esse setor para incrementar as exportações e diversificar o destinos de exportações para o conjunto de carne suína, incluindo produtos embutidos, e acima de tudo, agregar valor à pauta exportadora agroindustrial do Estado”, esclarece o diretor de Promoção de Exportações, Marcello Faria.

Foto: Sinduscarne


Capacitação virtual

Durante o encontro virtual, que contou contou com painéis de análises de potencialidades vislumbrando o mercado de exportação para a África do Sul, Argentina e Singapura, bem como a possibilidade de intensificação comercial para a exportação de produtos suínos, houve ainda capacitação virtual voltada às empresas mineiras deste setor, políticas de exportação aos mercados consumidores de carnes suínas destacados, além de repasse de informações importantes e estratégicas para o início do processo de exportação.

Foto: Sinduscarne


O seminário virtual contou com cerca de 60 empresas participantes, que tiveram acompanhamento qualificado da Superintendência de Atração de Investimentos e Estímulo às Exportações da Sede, por meio da Dipex, em parceria com a Seapa, para alcançar ou expandir suas exportações para a Argentina, África do Sul e Singapura. Os painéis temáticos funcionaram como capacitação virtual, uma vez que especialistas de inteligência de mercado apresentaram os aspectos do mercado de carnes suínas em cada país, benefícios e vantagens competitivas, alcance mercadológico e procedimentos técnicos para exportação.

Foto: Sinduscarne


Apoios importantes

Importante destacar que os painéis com análises de potencialidades de mercado contaram ainda com o apoio da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e de parceiros, como BDMG, Banco do Brasil, Embaixada do Brasil em Buenos Aires e Adidância Agrícola do Brasil na Argentina, Embaixada do Brasil em Pretória e Adidância agrícola do Brasil na África do Sul, Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Câmara de Comércio Brasil - África do Sul, Embaixada do Brasil em Singapura e a Adidância Agrícola do Brasil em Singapura, Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (Asemg); com a Associação de Frigoríficos de Minas Gerais, Espírito Santo Santo e Distrito Federal (Afrig), Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Carnes e Derivados de Minas Gerais (Sinduscarne).

Foto: Sinduscarne


Panorama em ascenção

As exportações mineiras de carne suína somaram US $33,9 milhões em 2020. Em dezembro do mesmo ano, 2o número de certificados sanitários emitidos para produtos de origem animal aumentou 27% em comparação a dezembro de 2019. Em 2020, também foram emitidos 429.306 certificados sanitários, um aumento de 18% em relação ao ano de 2019. Em relação às exportações de carnes suínas para Argentina, África do Sul e Singapura, em 2020, passaram de US $10,9 milhões e o panorama demonstra tendência de crescimento.

Fonte: SEDE/MG

Invest in Brasil Forum, em Dubai, detalha oportunidades de negócios

Diversos setores da economia brasileira foram apresentadas em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), nesta segunda-feira (15), no Fórum Invest In Brasil. A iniciativa é organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Dubai Chamber e Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Durante a abertura do evento, realizado no Hotel Ritz-Carlton, autoridades brasileiras e emiráticas ressaltaram a parceria de sucesso entre os dois países.

Em sua fala de abertura, o presidente da ApexBrasil, Augusto Pestana, listou aos árabes os setores no Brasil que estão abertos aos investidores estrangeiros: infraestrutura, energia, turismo, agronegócio, indústria, serviços e major capital. Pestana lembrou que a agenda de investimentos, bem como a programação do Dia Nacional do Brasil, estão no âmbito da Expo 2020 Dubai – um ótimo momento para conquistar novos mercados.

Implementado para dar maior visibilidade às possibilidades de investimentos no Brasil, o Fórum faz parte da estratégia da ApexBrasil para atrair o interesse dos países do Golfo Árabe. A expectativa é de que o evento promova mais de 140 oportunidades com potencial de atração de investimento de mais de US$ 10 bilhões ao Brasil.

“Trabalhamos com entusiasmo para construir pontes de comércio, investimentos e internacionalização que geram milhões de empregos, e transformam vidas e que abrem conexões eternas”, afirmou o presidente da Agência.

Os ministros da Economia, Paulo Guedes, e das Relações Exteriores, Carlos França, estavam entre as autoridades que discursaram. Eles apontaram as oportunidades de investimentos em território brasileiro e citaram setores disponíveis para aportes financeiros.

O embaixador Osmar Chohfi, presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, informou ao público formado por empresários que a entidade está aberta para fornecer auxílio e informações para investidores. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, disse que o setor está trabalhando para internacionalizar os seus negócios e que o ambiente industrial tem trabalhado para tornar o setor produtivo moderno e global.

Faisal Belhoul, membro do conselho da Câmara de Comércio e Indústria de Dubai, ressaltou que o Brasil é um parceiro importante para os negócios dos Emirados Árabes Unidos e afirmou que a América Latina está se tornando um foco de investimentos para os empreendedores da região, o que representa um avanço nas relações bilaterais.

Dois ministros dos Emirados Árabes Unidos, o do Comércio Exteriores, Thani Al Zeyoudi, e a de Mudanças Climáticas e Meio Ambiente, Mariam bint Mohammed Almheiri, expuseram dados da balança comercial entre os dois países. Enquanto Mariam ressaltou a sustentabilidade de companhias brasileiras nos EAU, Thani Al Zeyoudi lembrou da estável relação bilateral.

O presidente Jair Bolsonaro encerrou a primeira parte do Fórum e, durante pronunciamento, lembrou da forte presença dos árabes e influência cultural deles em território brasileiro. Bolsonaro apresentou o ambiente de negócios e os convidou a visitar o Brasil.


Importância

Para acelerar a busca de oportunidades de negócio e internacionalização de empresas brasileiras, a delegação de mais de 200 empresários brasileiros que participam do Fórum Invest in Brasil também terão a oportunidade de realizar encontros com investidores árabes e indianos. Conforme o gerente de Investimentos da ApexBrasil, Adalberto Netto, o portfólio de oportunidades de investimentos apresentadas no Fórum é diferenciado e traz o melhor do Brasil para diferentes tipos de investidores do Golfo, de fundo soberanos a empresas familiares e fundos de private equity. “Além de mostrarmos o portfólio do setor público, como oportunidades de negócios na área da energia e petróleo e gás, vamos levar aos árabes as oportunidades no setor privado, como energia renovável e alimentos. Novas áreas de oportunidade como construção civil e a real estate agradam muito investidores dessa região”, ressaltou Netto.

O Invest in Brasil irá inovar abrindo espaço para os programas de financiamento de bancos de desenvolvimento, apresentados pelo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, e pelo presidente do New Bank Development (NBD), Marcos Troyjo. Montezano abordará o papel do BNDES no desenvolvimento da economia brasileira. Já Troyjo mostrará as áreas de cooperação no Brasil que podem ser exploradas pelo banco de desenvolvimento dos BRICS, do qual os Emirados Árabes foram recentemente admitidos.

Setores estratégicos

Durante a tarde, o fórum Invest in Brasil preparou sessões diferentes em dois ambientes distintos para que novas oportunidades de investimentos sejam apresentadas de forma temática. Será possível participar de exibições rápidas realizadas por executivos de entidades e ministérios do Brasil.

Entre os assuntos tratados estão oportunidades de investimentos em Energia Renovável, Petróleo e Gás, Infraestrutura, Real Estate, Inovação e Tecnologia e Turismo. Ainda haverá explanações sobre o mercado de negócios no setor Agro e o novo ambiente de negócios no Brasil, além de sustentações acerca do Instituto Amazônia +21.

No dia 16 de novembro, autoridades e organizações brasileiras que participaram dos seminários no dia 15 estarão disponíveis para conversas em grupo ou individuais em salas reservadas.

Sobre a Expo 2020 Dubai

O Invest In Brasil faz parte das agendas relacionadas à Expo 2020 Dubai e à Missão de Investimentos organizada pela CNI. A Expo é uma exposição universal itinerante que ocorre a cada cinco anos, cuja maior atração são os pavilhões dos países participantes. Este ano, está em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre os dias 1º de outubro de 2021 e 31 de março de 2022. A World Expo abrange diversos setores, tais como empresas privadas, ONGs e instituições governamentais, todas destinadas a discutir negócios, tecnologia, urbanismo, sustentabilidade, ciências, cultura, gastronomia e economia.

O Brasil e outras 191 nações estão instaladas em pavilhões nacionais distribuídos por uma área de 4.380 m2, localizada entre Dubai e Abu Dhabi. A Apex-Brasil é a agência especializada em atração de investimentos e promoção de exportações responsável pela organização do Pavilhão do Brasil e pela execução do amplo calendário de atividades até março de 2022.


Fonte: Apex Brasil

FIEMG assina em Dubai acordo de Cooperação Técnica para a geração de negócios entre Minas e mercados árabes

Deliberação é parte dos trabalhos desenvolvidos pela Missão Empresarial do estado que comparece à Expo Dubai

O Acordo de Cooperação Técnica para a geração de negócios entre Minas Gerais e os mercados árabes, assinado na segunda-feira (15/11), em Dubai, nos Emirados Árabes, pela FIEMG, CDL-BH, Governo de Minas, Câmara de Comércio Árabe Brasileira e Centro de Divulgação do Islã para América Latina, pretende planejar, promover e apoiar eventos e ações de estímulo comercial e de atração de investimentos do mercado árabe no estado.

Parte dos trabalhos desenvolvidos pela Missão Empresarial de Minas Gerais em Dubai, o acordo pressupõe ainda que sejam definidos periodicamente, de modo conjunto, os setores que serão contemplados nas ações de promoção do comércio exterior.

Certificação

Com vistas a essas ações, deverão ser desenvolvidas atividades e projetos que busquem sensibilizar e apresentar ao empresariado mineiro as potencialidades da certificação Halal, que dá acesso aos mercados árabes sob atuação da Câmara Árabe.

“Recomendo a todos os industriários de Minas Gerais, do setor da alimentação e, também, de vários outros setores, que façam essa certificação”, destacou o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, apontando que há inúmeras oportunidades a serem exploradas a partir da certificação.

Os cerca de 150 empresários mineiros que integram a delegação liderada pelo presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, na Expo Dubai, reúne os mais importantes representantes da indústria em Minas Gerais, com a missão de apresentar ao mundo os diferenciais do estado, visando à internacionalização dos nossos negócios, e para aprender com quem está comercialmente conectado com o mundo todo.

Entre as inúmeras características da economia mineira destacada nos Emirados Árabes, a FIEMG reforça que o estado abriga o segundo maior parque industrial do Brasil. Dispõe de matéria-prima em abundância, de capacidade de transformar, capital humano e presença global.

SERVIÇO:
Expo Dubai 2021/2022
Data: 1º de outubro de 2021 a 31 de março de 2022
Tema: “Conectando Mentes, Criando o Futuro: Oportunidade, Sustentabilidade, Mobilidade”
Países com pavilhões: 191
Área: 438 hectares
Expectativa de visitantes: 25 milhões
Delegação de Minas Gerais:
Apoio: Gerdau, Tacom e Sebrae
Patrocínio: CMBMM | Niobium e Codemge + Gov de Minas
Realização: FIEMG e Governo MG

Fonte: FIEMG

Nota Oficial - Vacina contra febre aftosa

O Instituto Mineiro de Agropecuária - IMA informa que a comercialização das vacinas contra a febre aftosa é realizada pelos estabelecimentos autorizados da iniciativa privada. Esclarecemos que possuímos um rebanho de 10 milhões e meio de animais a serem vacinados e informamos que já temos a quantidade de vacina suficiente no estado, porém, estamos enfrentando a má distribuição do insumo em algumas regiões.

O Sistema Faemg, os Sindicatos Rurais e a Emater-MG, em parceria com o IMA, orientam os produtores para que não deixem de imunizar seus animais adquirindo a vacina em diversos pontos de venda disponíveis em Minas. Caso tenha dificuldades em adquirir a vacina em sua região, o produtor deve recorrer a municípios próximos e, para esclarecer quaisquer dúvidas, os escritórios do IMA estão à disposição. Confira os endereços AQUI.

A segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa vai até 30 de novembro. Devem ser vacinados bovinos e bubalinos de zero a 24 meses. O prazo para declarar a vacinação é 10 de dezembro. Mais informações AQUI

Fonte: IMA

Foto: Wenderson-Araujo_CNA

Entenda a queda de braço da carne bovina com o mercado chinês e por que ela ainda não terminou

Os asiáticos permanecem fora das compras, pecuaristas continuam com margens apertadas e consumidor ainda vê preços salgados na gôndola

As margens da operação de produção de carne no mercado doméstico acabaram melhorando após essa queda bastante acentuada dos preços pecuários, principalmente do boi gordo, durante o mês de outubro, que foi, por sua vez, decorrente da ausência de China nas contas.

Então, só fazendo uma retrospectiva, vamos falar um pouco do mercado e o que aconteceu. Nós tivemos dois casos de encefalopatia espongiforme não transmissível – não apresenta risco à saúde humana –, mas enquanto fica a dúvida, e os exames laboratoriais estão sendo realizados, o Brasil precisa suspender as exportações para os países parceiros, principalmente dentro do acordo comercial com a China. E aí nós suspendemos. Resolvemos, laboratorialmente, que não era um caso clássico de encefalopatia espongiforme.

Era, de fato, um caso não-transmissível, que não apresenta risco qualquer para a saúde humana. E através disso, a gente levou para uma contraprova internacional, veio a contraprova negativa também, a OIE já deu o caso como encerrado, mas a China não quis voltar a aceitar a carne brasileira nesse meio tempo. O que aconteceu foi que os brasileiros continuaram embarcando carne para lá, que havia sido certificada antes da identificação do problema. Ou seja, dentro do acordo comercial, é uma carne que estaria apta a ser exportada. O Brasil, a partir de 4 de setembro, parou de certificar essa carne e aí, sim, não pode mais embarcar para lá.

Setembro registrou recorde de embarques de carne bovina para a China, exatamente porque embarcamos tudo que estava certificado antes dessa suspensão. Que estava de acordo com as regras, mas os chineses perderam algo na tradução do português para o inglês e mandarim, e acabaram não compreendendo muito bem. Então, ficou um buraco no acordo comercial. O Brasil mandou todas as explicações para os chineses, mas eles ainda não reverteram essa suspensão. Então, o país continua sem embarcar carne bovina para lá.

Mais pontualmente, ficamos sabendo que um ou outro contêiner entrou por meio de despachantes alfandegários influentes, mas isso não significa uma reversão desse processo. Então, agora, o Brasil está sem exportar para a China. Por isso que o volume de carne bovina embarcada em outubro caiu 43%, nós sentimos, de fato, a falta da China. Mas o que acontece para o boi gordo e os preços pecuários estarem voltando a reagir?

Bom, o que acontece é que a queda dos preços pecuários ao longo de outubro foi a mais proeminente na história dos preços pecuários. Ela foi mais proeminente até mesmo do que a queda vivenciada em 2005, quando a gente teve pela primeira vez focos de febre aftosa (gosto até de bater na madeira quando falamos dessa enfermidade, porque ela é comercial). Mas, naquele período, a queda não foi tão forte quanto a queda que a gente vivenciou agora, ao longo do mês de outubro, que foi de 10,76%. Foi uma queda bem proeminente, assustou o pecuarista, assustou todo mundo, mas fez com que o preço da matéria prima caísse no mercado doméstico às indústrias processadoras, até o ponto de melhorar a operação doméstica, que vinha sofrendo porque o preço da matéria prima estava muito alto.

O preço do boi subiu muito. Mas acho que vale fazer um parêntesis que o custo de produção subiu mais ainda que o preço do boi; o preço do boi subiu mais do que a carne no atacado durante todo esse processo até agosto. E o preço da carne no atacado subiu mais que o do varejo. É muito estranho a gente falar isso para o consumidor, porque o consumidor tem sofrido muito com a alta dos preços da carne na gôndola dos supermercados e nos açougues. Mas, incrivelmente, ela subiu menos do que o boi gordo e os preços de produção. Ou seja, a gente tem uma cadeia muito arrochada, muito esticada.

Voltando para a atualidade, os preços do boi gordo caíram bastante, 10,76% ao longo de outubro, e fizeram com que a carne não caísse tanto. Fazendo os atacadistas e os varejistas recuperarem uma parte de suas margens. Então, isso voltou a tornar o mercado doméstico interessante para as indústrias, porque até então estava muito pouco atrativo. O que estava atrativo eram as exportações, principalmente diante do dólar valorizado. Sem as exportações e a queda do boi gordo, o mercado se ajustou à nova realidade de um demandante a menos e o boi sob preços mais baixos voltou a ficar interessante para a indústria processadora no mercado doméstico.

E isso fez o que nesse último momento? Aqueceu o apetite das indústrias pela compra do boi gordo, que fez os preços pecuários reagirem de novo, de R$ 260 para R$ 280, e fala-se até de R$ 290 a arroba. Mas em uma negociação bem pontual, ainda não virou como baliza de mercado. Mas a gente pode falar entre R$ 275 e R$ 285 em São Paulo e, consequentemente, nos estados correlatos vizinhos.

Fonte: Forbes

Cortes de carne bovina em frigorífico no Brasil

Foto: 07/10/2011REUTERS/Paulo Whitaker

Em meio a veto chinês, governo brasileiro pode exportar carne bovina à Rússia

Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou que governo russo abrirá uma cota de 300 mil toneladas de carne com tarifa zero de importação durante seis meses

O embargo da China à carne do Brasil já dura mais de dois meses. Mas a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, comunicou nesta quarta-feira (17) que a Rússia anunciou tarifa zero de importação de carne por seis meses.

O país estabeleceu uma cota de 300 mil toneladas – 200 mil para carne bovina e 100 mil para suínos – e a tarifa zerada começa a valer nos próximos dias, não apenas para fornecedores do Brasil, mas qualquer frigorífico que tiver interesse pode pegar uma parte da cota para fornecer carne para a Rússia sem a taxa de importação.

“Mercado que pode ser utilizado pelo Brasil”, publicou a ministra em seu perfil no Twitter.

A Rússia também tinha restringido o acesso à carne brasileira assim que os casos da doença da vaca louca foram identificados, mas depois do anúncio de ontem parece estar disposto a fazer negócios com o Brasil novamente.

No início deste mês, um levantamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) mostrou que o volume de exportações de carne bovina brasileira caiu 43% no mês de outubro quando comparado ao mesmo período de 2020.

O veto chinês à carne brasileira reflete diretamente nesses números. A China é o principal comprador de carne bovina nacional e corresponde a 60% dos embarques feitos nos portos brasileiros.

O presidente Jair Bolsonaro disse, em entrevista à rádio Cultura FM, no dia 10 de novembro, que o bloqueio da China não é consequência do seu relacionamento com o país asiático ou com o presidente Xi Jinping.

A Rússia também havia imposto restrições à carne bovina brasileira depois que dois casos atípicos da doença da “vaca louca” foram detectados em frigoríficos localizados no Brasil.

Um novo acordo com o país do Leste Europeu pode voltar a dar segurança aos países que importavam a carne brasileira, algo que o governo brasileiro vem tentando fazer, mostrando que o país não tem registros de casos de contágio “da doença da vaca” louca entre os animais.

Fonte: CNN Brasil

Brasil marca presença na principal feira de alimentos e bebidas de Israel

O Brasil marcou presença em mais uma feira estratégica no setor de alimentos no Oriente Médio. A Israfood 2021 foi realizada de 16 a 18 de novembro, em Tel Aviv (Israel). A participação brasileira foi organizada pela ApexBrasil e pela Embaixada do Brasil em Israel, que também promoveu uma rodada virtual de negócios entre os compradores israelenses e as empresas brasileiras, incluindo as que não puderam viabilizar sua presença direta na feira por conta das restrições de entrada em Israel, flexibilizadas apenas no início de novembro.

O mercado israelense tem um alto poder aquisitivo. Os consumidores são ávidos por produtos diferenciados e relacionados a bem-estar e saúde, como açaí, amendoim e castanhas de baru, que que tiveram procura durante a feira. O design moderno do pavilhão brasileiro também foi destaque na Israfood.

O Chefe de Operações (COO) do Escritório da Apex-Brasil em Jerusalém, Felipe Campbell, destacou a importância da participação brasileira na feira. “Mesmo com todos os desafios decorrentes da pandemia que tivemos nesses dois últimos anos, a participação do Brasil na Israfood foi muito relevante porque simboliza a retomada dos nossos trabalhos presenciais em Israel, um exigente mercado que apresenta boas oportunidades de negócios para produtos alimentícios brasileiros, principalmente aqueles com atributos relacionados à boa saúde e bem-estar”, avaliou.

Agro Meet & Export

A próxima ação promocional da ApexBrasil no mercado israelense ocorrerá em janeiro de 2022: o Agro Meet & Export Israel. A iniciativa consiste em uma agenda com duração de três a quatro semanas com etapas de qualificação (apresentações e palestras com empresários brasileiros e israelenses, além de interlocutores com conhecimento e experiência em Israel), mentoria individual prestada por empresa contratada especializada no mercado israelense e rodadas de negócios virtuais entre as empresas brasileiras e os potenciais importadores locais.

A ação busca qualificar e apontar estratégias práticas às empresas brasileiras que exportam alimentos e bebidas para Israel e visa não apenas preparar as empresas brasileiras para comercializarem com Israel, mas facilitar a realização de negócios a curto e médio prazo com aquele mercado.

As inscrições para o Agro Meet & Export Israel estão abertas até 10 de dezembro de 2021. Saiba mais aqui.

Fonte: Apex Brasil

CÓDIGO PROMOCIONAL: 6TMGCN