InfoCarne Online

Edição 316 | 12 de novembro de 2021

Fase de fiscalizações do FAPI é encerrada com cerca de mil indústrias verificadas

Programa da SEMAD em parceria com a PMMG e a FIEMG busca conscientizar industriais sobre a regularização ambiental dos empreendimentos

Cerca de mil indústrias mineiras foram fiscalizadas na 5ª Edição do Programa de Fiscalização Ambiental Preventiva na Indústria (FAPI), iniciativa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), em parceria com a Polícia Militar de Minas Gerais e a FIEMG, executada no mês passado. O FAPI, escolhido como Melhor Projeto Técnico do ano por organização do setor ambiental, busca conscientizar industriais sobre a regularização dos empreendimentos, com foco na redução de possíveis sanções punitivas.

Os estabelecimentos foram visitados por fiscais em todo o estado no período entre 18 e 22 de outubro. Nesta edição, participaram empresas que atuam no abate de animais e na industrialização da carne, na fabricação de cervejas, sucos e refrigerantes, e no tratamento químico de madeira. Do total, aproximadamente 10% deles apresentaram algum tipo de infração. Já o percentual entre as indústrias que fazem parte do FAPI, passaram por fiscalização e tiveram pontos de atenção foi próximo a 5%, o que demonstra o comprometimento dos participantes.

De acordo com o diretor de Estratégia da Fiscalização da SEMAD, Gustavo Endrigo de Sá Fonseca, as principais infrações constatadas nas fiscalizações foram a ausência de licenças ambientais, de outorgas para uso de recursos hídricos e de registro para utilização de produtos e subprodutos da flora. Por essa razão, os empreendedores de pequeno porte foram notificados a iniciarem a regularização; e, no caso de autuações, os estabelecimentos aderentes ao FAPI receberam atenuante no valor da multa. Ainda conforme Fonseca, 258 empresas aderiram ao programa neste ano.

O setor de abate de animais e industrialização da carne participa pelo segundo ano seguido do FAPI e os dados apurados até o momento apontam a redução de infrações em relação à edição de 2020, com destaque para os empreendimentos aderentes ao FAPI, mostrando mais uma vez a eficácia das orientações de regularização ambiental ofertadas ao longo do programa.


FAPI

Como explica a analista ambiental da FIEMG, Kamila Vilela, coordenadora do programa, o FAPI foi criado em 2017 e busca orientar os empreendedores sobre a regularização ambiental de empreendimentos, com foco na redução de possíveis sanções punitivas. Para tanto, é feito um cronograma de atuação, que neste ano teve início em maio, com a execução da primeira fase, de orientação. Nessa etapa, são feitos workshops com os estabelecimentos selecionados. “Durante os workshops, os empreendedores receberam orientações acerca da importância do FAPI, assim como orientações para regularização e fiscalização ambiental dos empreendimentos e suas principais infrações”, informou Kamila.

Após os workshops, os empreendimentos possuem um prazo de 90 dias para realização da adesão ao programa e regularização ambiental de seus empreendimentos, sendo que, após esse prazo, a SEMAD e a PMMG iniciam a fase de fiscalização, que neste ano foi realizada entre os dias 18 e 22 de outubro.

O FAPI, além de auxiliar na prevenção de infrações ambientais, contribuindo para a melhoria ambiental de Minas, também é benéfico para as indústrias. Segundo Kamila, o programa prevê atenuante, em até 50% do valor total da autuação administrativa, em caso de constatação de alguma irregularidade em empreendimentos que realizaram a adesão previamente, sendo cada caso avaliado pela SEMAD.

Já se o empreendimento em questão se tratar de microempresa, empresa de pequeno porte ou microempreendedor individual e que não tenha causado dano ambiental, é concedido prazo de 30 dias para sanar as irregularidades e iniciar o procedimento de regularização junto aos órgãos integrantes do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SISEMA). Além disso, as empresas que aderem ao FAPI têm acesso a um selo digital oferecido pela SEMAD, PMMG e FIEMG.

“O trabalho de prevenção é melhor que o de repressão”, afirmou o capitão Adenilson Brito, da Polícia Militar, órgão estadual que participa de todas as fases, especialmente das fiscalizações em campo.


Fonte: FIEMG

IBGE: abate de bovinos recuou 11,1% no 3º trimestre de 2021

Os dados em relação ao mesmo período de 2020 integram a 'Estatística da Produção Pecuária', divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

O abate de suínos aumentou 7,6% e o de frangos 1,2% no 3º trimestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2020. Porém, o de bovinos recuou 11,1% nessa mesma comparação. Os dados são da “Estatística da Produção Pecuária: Primeiros resultados”, divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No confronto contra o 2º trimestre deste ano, também houve redução no abate de bovinos, de 2,4%, enquanto o de suínos cresceu 5,1% e o de frangos 0,6%.

No 3º trimestre de 2021, a pesquisa mostra que foram abatidas 6,91 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

Já a produção de carcaças bovinas teve queda, de 9,4%, em relação ao mesmo trimestre de 2020, mas alta de 0,4% em relação ao trimestre anterior, com um total de 1,88 milhão de toneladas produzidas.

Fonte: IBGE


Por outro lado, as carcaças de suínos e de frangos tiveram altas tanto na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (8,5% e 4,1%, respectivamente) quanto frente ao trimestre imediatamente anterior (4,5% e 0,8%), somando 1,27 milhão de toneladas e 3,63 milhões de toneladas, respectivamente.

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A pesquisa também mostra que a aquisição de leite, de 6,19 bilhões de litros, teve uma queda de 5,1% em comparação ao 3º trimestre de 2020 e aumento de 6,4% em comparação 2º trimestre de 2021.

Além disso, os curtumes pesquisados mostraram uma retração de 15,4% em comparação ao 3° trimestre de 2020 e de 7,3% em relação ao trimestre anterior em relação à aquisição de couro, que ficou em 6,96 milhões de peças.

Na outra ponta, a produção de ovos de galinha reduziu 2,5% em relação ao mesmo trimestre de 2020, porém aumentou 0,8% frente ao 2° trimestre de 2021, totalizando 994,0 milhões de dúzias.

Os resultados consolidados das Estatísticas da Produção Pecuária, que trazem dados para as unidades da federação, serão divulgados em 8 de dezembro de 2021.

Fonte: Agência de Notícias IBGE

Indústria brasileira apresenta suas iniciativas na agenda de mudanças climáticas

Os debates trouxeram as ações de indústrias voltadas para proteção do meio ambiente e energia limpa

A indústria brasileira mostrou que está fazendo sua parte nos esforços de transição para uma economia de baixo carbono em evento realizado nesta terça-feira (9/11), na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia.

A abertura do Dia da Indústria Brasileira no Pavilhão Brasil da COP26 contou com a presença do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, e do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.

Os debates desta terça-feira trouxeram as ações de indústrias voltadas para proteção do meio ambiente, energia limpa e o papel do Governo Federal no fomento de iniciativas sustentáveis no setor.

O presidente da CNI disse que a indústria brasileira compreende a importância do seu papel nos esforços internacionais pela adoção de uma economia descarbonizada e que vários segmentos industriais têm encarado como prioridade diminuir a emissão de gases de efeito estufa. Ele citou alguns esforços do setor produtivo, entre eles está a redução de 44% nas emissões alcançada pela indústria química no período entre 2006 e 2016. Já a emissão de gases do efeito estufa da indústria de cimento brasileira é 11% inferior à média mundial. “Ações como essas confirmam que a eficiência e o cuidado com o meio ambiente são parte da estratégia da indústria brasileira para manter a competitividade e atender às crescentes exigências do mercado internacional”, disse Robson Braga de Andrade.

A CNI defende quatro eixos para descarbonização da economia: a transição energética (uso de fontes renováveis e iniciativas de eficiência energética); o mercado de carbono; a economia circular (foco no melhor aproveitamento dos recursos naturais) e a conservação das florestas. “Com o trabalho conjunto de empresários, governos, demais segmentos da sociedade poderemos alcançar a neutralidade do carbono em 2050 e construir um mundo mais sustentável que traga prosperidade e justiça social”, finalizou o presidente da CNI.

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, destacou que o Brasil é o segundo país do mundo que mais faz reciclagem de resíduos animais, pneus e latas de alumínio. “O que o Governo Federal está fazendo é trazer aqui para a COP do Clima, políticas que já acontecem no Brasil. Política de redução de metano, por exemplo, que já acontece no Brasil, eliminando lixões, reciclando resíduos animais”, frisou.

Joaquim Leite afirmou que o Governo Federal, por meio dos bancos públicos federais, vai disponibilizar US$ 50 bilhões para financiar a nova economia verde. Já o NDB (Banco dos Brics) vai dispor de US$ 2,5 bilhões para acelerar a economia sustentável.

Fonte: Governo do Brasil

Celso Moretti e Fernando Camargo estão em Glasgow e concederam entrevista coletiva virtual nesta segunda-feira

Brasil já desenvolve técnicas para reduzir emissão de metano na pecuária

Melhoramento genético de pastagens e dos animais e a utilização de aditivos que podem ser agregados na alimentação estão entre as estratégias

O Brasil já vem trabalhando com estratégias para reduzir a emissão de metano na pecuária do país. O tema foi abordado em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (8) com o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fernando Camargo, e o presidente da Embrapa, Celso Moretti. Na última semana, o Brasil foi uma das nações que aderiram ao compromisso global para redução das emissões de metano durante a COP 26, em Glasgow.

Entre as estratégias que já são utilizadas para reduzir a emissão de metano na pecuária brasileira estão o melhoramento genético de pastagens para desenvolver alimentos mais digestíveis para os animais e o melhoramento genético dos animais, que permite o abate precoce. Também está em estudo a utilização de aditivos que podem ser agregados na alimentação animal, com substâncias como taninos e óleos essenciais.

“Nos últimos 10 anos, o Brasil reduziu de 48 para 36 meses o tempo de abate. Quando o animal fica menos tempo no campo, ele vai produzir menos metano”, explicou o presidente da Embrapa. Além da redução da emissão, o Brasil já trabalha na compensação de emissões, como os sistemas Integrados de Lavoura-Pecuária e Floresta (ILPF) que hoje ocupa 17 milhões de hectares.

Para o secretário Camargo, o acordo vem em boa hora e é importante que o Brasil não esteja fora dessa iniciativa. “O Brasil é parte da solução, e temos que estar engajados em todas essas iniciativas para que que consigamos manter 1,5ºC de crescimento de temperatura em relação aos níveis pré industriais, por isso que assinamos esse importante pacto”, disse, lembrando que técnicas como a terminação intensiva e manejo de dejetos de animais já estão contempladas no Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de ABC+.

Entre as metas do ABC+ até 2030 estão a adoção de tecnologias sustentáveis em mais de 72 milhões de hectares de áreas degradadas e a mitigação de 1,1 bilhão de toneladas de CO² equivalente, superando o recorde alcançado pela fase anterior do plano ABC.

Camargo esclareceu que o acordo assinado em Glasgow prevê uma meta global de 30% de redução de emissões de metano até 2030, e cada país irá avaliar, de acordo com suas possibilidades, as ambições que serão possíveis de alcançar. Além da emissão da pecuária, outras áreas como os lixões urbanos e a extração de petróleo também devem ser avaliadas.

Para Moretti, o Brasil mostrou na COP26 vem fazendo o seu dever de casa na produção agropecuária. “O Brasil mostrou dados, informações e mapas demonstrando claramente que a nossa agricultura há mais de três décadas é sustentável, vem percorrendo um caminho de descarbonização e a tecnologia está no centro de toda essa evolução”, disse o presidente da Embrapa.

Acesso às tecnologias

Na conversa com a imprensa, os representantes do Mapa e da Embrapa também falaram sobre as formas de incentivo e acesso dos produtores brasileiros a essas tecnologias modernas e sustentáveis. Camargo disse que o grande desafio é fazer com que todos os produtores rurais brasileiros, inclusive os pequenos, tenham acesso a essas novidades. “Para isso, precisamos do apoio da iniciativa privada, do terceiro setor, de várias entidades que levam a tecnologia ao campo”.

Ele também lembrou que o Plano Safra já elevou neste ano os recursos disponíveis para financiar tecnologias sustentáveis, especialmente dentro do Plano ABC.

“Tenho certeza de que o Plano Safra do ano que vem será absolutamente verde Vai ter muito recurso para boas práticas agropecuárias e vamos nos organizar para fazer com que esse recurso não falte lá na ponta”, lembrando que também poderá haver recursos internacionais para implementação de pesquisas nesta área.

Fonte: Ministério da Agricultura

O programa é uma ação para mobilizar doações de alimentos para entidades socioassistenciais, bancos de alimentos e outros equipamentos

Foto: José Dias/PR

Governo Federal lança programa para incentivar doação de alimentos

Empresas poderão se cadastrar no programa para doar alimento e receber isenção de ICMS

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, participou do lançamento do Programa Brasil Fraterno - Comida no Prato, em cerimônia no Palácio do Planalto, na manhã desta quinta-feira (11/11). O programa é uma ação do Ministério da Cidadania para mobilizar doações de alimentos para entidades socioassistenciais, bancos de alimentos e outros equipamentos que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade, contribuindo para a reduzir a perda e o desperdício de alimento e combater a fome.

“É muito bem-vinda essa proposta. Quando se fala que em torno de 30% é desperdiçado, no Brasil equivale, com o desperdício, poder alimentar 60 milhões de pessoas. E por coincidência, 60 milhões é o número aproximado do que cresce a população mundial todo ano. Então essa proposta é maravilhosa, é fantástica”, ressaltou o Presidente Jair Bolsonaro.

As empresas podem se cadastrar no programa para serem doadoras de alimentos e receber isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Além disso, essas empresas vão receber o Selo Brasil Fraterno: Comida no Prato. As entidades assistenciais que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade também podem se cadastrar no programa para receber os alimentos. Os cadastros tanto de empresas doadoras quanto das instituições podem ser feitos pela internet no endereço: www.gov.br/comidanoprato.

“Com esses assuntos que nós estamos regulamentando hoje, ao invés de estar punindo os empresários, estamos chamando para uma parceria porque eles já são protagonistas desse movimento de solidariedade do Brasil”, disse o ministro da Cidadania, João Roma.

A rede de bancos de alimentos do país já distribuiu 73,5 mil toneladas de alimentos e beneficiou 3,8 milhões de pessoas. Só neste ano, até outubro, já foram doados R$ 42 milhões em alimentos com isenção do ICMS.

Fonte: Governo do Brasil

Foto: Sejusp / Divulgação

Sejusp realiza 9° leilão de veículos apreendidos em operações contra o tráfico de drogas

Ação busca angariar recursos para a execução de campanhas, capacitações e estudos relacionados às drogas

Dezenove veículos apreendidos em operações contra o tráfico de drogas, e outros crimes relacionados, serão leiloados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) na próxima quinta-feira (18/11). Este é o nono leilão realizado apenas em 2021. Um caminhão Mercedes-Benz 710, um Hyundai HB20 e uma motocicleta Suzuki TL1000S são os destaques desta edição.

A iniciativa faz parte do projeto “Esforço Concentrado para a Redução dos Bens Aguardando Destinação”, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, via Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), em parceria com o Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Sejusp.

Todos os recursos arrecadados, assim que voltarem ao estado, devem ser aplicados em ações de redução da oferta e da demanda de substâncias ilícitas e em campanhas, estudos e capacitações relacionadas à temática das drogas, tais como programas de prevenção, atenção, cuidado, tratamento e reinserção social de usuários de drogas, programas de reaparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle e repressão ao uso e ao tráfico ilícito de drogas e produtos controlados.

Os recursos são também aplicados na própria gestão do Fundo Nacional Antidrogas (Funad) e nas despesas decorrentes do cumprimento das atribuições da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, órgão gestor do fundo.

“Esse é o nono leilão realizado de bens apreendidos em operações de repressão e investigação do tráfico de drogas e que serão revertidos em mais recursos para atuação da segurança pública no governo. Com estas edições, o Governo de Minas já bateu todos os recordes de valores arrecadados frente aos anos anteriores”, destaca a subsecretária de Prevenção à Criminalidade da Sejusp, Andreza Meneghin.

Leilão

Os lances já estão abertos e podem ser realizados por meio do site: https://cutt.ly/HTov6ci. Por ele, também é possível aos interessados obter informações sobre os itens e avaliar as respectivas fotos. Para quem desejar conhecer os bens pessoalmente, é necessário agendamento prévio por meio do telefone disponível no edital. A visitação ocorre no dia anterior à data do leilão. Mais informações podem ser obtidas no edital, disponível no link: https://cutt.ly/qTobP6r.

Os itens considerados recuperáveis podem voltar à circulação e têm direito à documentação. Os arrematantes são isentos de multas, encargos e tributos anteriores à aquisição. Já os bens alienados como sucatas irrecuperáveis só podem ser adquiridos por empresas de desmonte ou reciclagem, devidamente credenciadas em órgãos de trânsito.

Fonte: Agência Minas

A decisão foi tomada na 6ª reunião extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex)

Foto: Casa Civil

Governo Federal reduz alíquotas do imposto de importação do Brasil

O objetivo é facilitar o combate aos efeitos da Covid-19 na economia nacional

O Governo Federal decidiu reduzir em 10% as alíquotas do imposto de importação do Brasil de diversos produtos como: feijão, carne, massas, biscoitos, arroz, materiais de construção, dentre outros. A redução é temporária e excepcional, com objetivo de contribuir para aliviar uma das consequências econômicas negativas da crise sanitária da Covid-19, que foi o aumento dos preços em diversos setores da economia e para o consumidor final.

A Resolução Gecex nº 269/2021 foi tomada na 6ª reunião extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e irá contribuir para o barateamento de quase todos os bens importados, beneficiando diretamente a população e as empresas que consomem esses insumos em seu setor produtivo.

O secretário executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys explicou que a decisão vai ajudar o país a enfrentar os impactos econômicos causados pela pandemia. “Estamos vendo uma situação global de alta de preços de alimentos, de combustíveis. É importante que utilizemos os instrumentos ao nosso alcance para ajudar a população a ter preços menores, custos menores, a ter melhores condições de concorrência em nossa economia”, destacou.

A redução de alíquotas do imposto de importação contribuirá para refrear a pressão disseminada sobre os preços e possibilitará o maior acesso a bens de consumo, diminuindo o impacto na renda real das famílias. O Gecex levou em consideração o atual contexto macroeconômico nacional, que está sob graves restrições de oferta, em particular de bens comercializáveis. Foram considerados, por exemplo, dados presentes na mais recente edição do Relatório de Inflação do Banco Central (BC). O relatório destaca, entre outras informações, a alta de 5,56% nos preços da indústria de transformação apurada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) no trimestre encerrado em agosto.

O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Roberto Fendt, destacou que a pandemia provocou altas de preços não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. “Essa medida tem por objetivo atenuar as consequências para a população de menor poder aquisitivo, que está sofrendo com a inflação. Temos enorme interesse em atenuar esse impacto”, afirmou.

Fonte: Governo do Brasil

Governo consolida normativas trabalhistas para diminuir a burocracia

Governo revisa e consolida portarias, instruções normativas e decretos com regras trabalhistas

Segundo balanço divulgado nesta quarta, mais de mil textos infralegais foram analisados e reunidos em 15 normas. Parte dos textos já estava obsoleta, afirma Ministério do Trabalho.

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (10) que consolidou, em 15 normas, o conteúdo ainda válido de mais de mil decretos, portarias e instruções normativas trabalhistas. De acordo com o Ministério do Trabalho, a simplificação é resultado da primeira revisão completa desses textos.

O decreto foi publicado na edição desta quinta-feira (11) do "Diário Oficial da União (DOU).

O objetivo do trabalho, diz a pasta, foi desburocratizar e simplificar a chamada "legislação trabalhista infralegal" – ou seja, os textos usados para regulamentar leis trabalhistas.

De acordo com o governo, as normas revisadas tratam de assuntos como:

• carteira de trabalho;
• aprendizagem profissional;
• gratificação natalina;
• programa de alimentação;
• programa de alimentação do trabalhador;
• registro eletrônico de ponto;
• registro sindical e profissional;
• questões ligadas à fiscalização.

Segundo o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, Bruno Dalcolmo, os 15 atos resultantes da revisão servirão de referência para aplicar toda a legislação trabalhista.

"Para indicar alguns exemplos desse marco histórico, se antes o registro eletrônico de ponto estava ancorado lá nos anos 80, e obrigava cada empresa a ter uma caixinha – todos nós já vimos, nas entradas das empresas, gerando filas e atrasos – agora nós damos as boas-vindas ao registro por meio de programação digital, por meio de reconhecimento facial, usando os próprios celulares das pessoas, com georreferenciamento, dando segurança jurídica tanto pra trabalhadores quanto empregadores", declarou.

De acordo com o secretário, os 15 atos normativos que consolidam a legislação serão reexaminados a cada dois anos, com a intenção de aperfeiçoar ainda mais as regras.

O governo diz ainda que a agregação de normas "tornará a legislação mais acessível e clara à sociedade e aos operadores do direito do trabalho, promovendo maior segurança jurídica".

Simplificação

De acordo com o Ministério do Trabalho, várias normas infralegais que não tinham mais validade foram revogadas, como o decreto que regulamentava a profissão de empregado doméstico – anterior à regulamentação por lei em 2015.

Outras 12 portarias tratavam de emissão e de registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social, com procedimentos distintos para estrangeiros, dependendo da nacionalidade. Agora, segundo o governo, todos os interessados podem obter a carteira de trabalho digital, bastando possuir o número de CPF.

As regras de aprendizagem profissional, por exemplo, eram regulamentadas por 30 portarias. Para o registro sindical, eram 37 portarias. Já as regras para emissão de certificado de aprovação de equipamento de proteção individual estavam dispostas em 39 atos.

Fonte: G1

Países africanos passam a comprar mais carne bovina do Brasil, afirma empresário

Compradores estão aproveitando os preços baixos da carne brasileira no mercado internacional, diz Lincoln Bueno, da Mercúrio Alimentos

A paralização das vendas de carne bovina para a China completou 2 meses na última quinta-feira, 4 de novembro, e quem está aproveitando esse momento no mercado internacional de proteína vermelha são alguns países africanos.

A quantidade de carne brasileira exportada para a África saiu de 7,2 mil toneladas em janeiro de 2021 para 11,2 mil toneladas em outubro passado. O crescimento foi de 56%.

Em receita, as exportações de janeiro aos países africanos somaram US$ 18,9 milhões e em outubro foram US$ 36,1 milhões, segundo a apuração do Portal DBO sobre a base de dados do Comex Stat, um sistema para consultas de dados do comércio exterior brasileiro do Ministério da Economia.

Ao todo, dos 22 países africanos que o Brasil exportou carne em outubro, 18 aumentaram suas compras.

Uma das transações mais notáveis foi com a Libéria, que em janeiro comprou 5,8 toneladas e em outubro passado fechou com 310,9 toneladas. Angola também teve um salto considerável em suas compras, saindo de 224,6 toneladas para 801,9 toneladas.

Esses compradores estão aproveitando os preços baixos da carne brasileira no mercado internacional, segundo o empresário Lincoln Bueno, presidente do Conselho de Administração do grupo paraense Mercúrio Alimentos, com sede em Ananindeua, município da região metropolitana da capital do Pará, Belém.


“Não são mercados novos, mas são mercados que não estavam sendo atingidos porque não tínhamos preço para eles. Agora, com essa baixa que deu com a parada da China, estamos conseguindo fazer essas vendas”, diz Bueno.

Além de unidades frigoríficas em Xinguara e Castanhal, a Mercúrio Alimentos conta com quatro confinamentos: um no município de Santa Izabel, outro em Xinguara, e dois em Abaetetuba. No ano passado, o grupo abateu 25,8 mil bovinos e exportou 45 mil bovinos vivos. A expectativa de abate deste ano de 36 mil bovinos.

“Se a China continuar fora, a tendência é aumentar muito para os mercados que antes nós atendíamos então isso vai ser geral. E o boi vivo crescerá muito também”, avalia o empresário.

As Filipinas também deve aumentar sua participação nas compras de carne bovina brasileira, segundo a opinião do empresário paraense. O país asiático vizinho da China sempre foi um dos grandes compradores da carne brasileira e este ano reduziu drasticamente suas compras.

Em março de 2021, este país chegou a comprar 7,4 mil toneladas da proteína bovina brasileira; já em outubro, as exportações para lá foram de apenas de 433,4 toneladas. Apesar da queda, a tendência é que o país volte a importar a carne nacional.

Indefinição chinesa

Para Bueno, um dos grandes problemas do mercado é a indefinição da China, que está gerando crescentes prejuízos aos pecuaristas e frigoríficos.

Ele conta que tem recebido ultimamente inúmeras documentações vindas da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês).

“Cada semana eles pedem documentos. Quer dizer, é uma coisa meio sádica. Essa semana, amanheceu o dia, e vi que pediram novas informações sobre rastreabilidade, isso está sendo muito ruim para os frigoríficos e pecuaristas que se prepararam para atender aos chineses”, diz Bueno.

Mais oportunidades para o boi vivo

Bueno, que também é presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Gado (Abeg), afirma que esse nicho de mercado deverá crescer bastante no País.

A abertura do Vietnã para esse tipo de produto brasileiro representa uma oportunidade promissora.

O País recentemente fez uma venda de 15 mil bovinos gordos para o país asiático e a tendência é que mais embarques devam ocorrer.

“A mortandade não chegou a 0,4% ou 0,5%. Foi muito bem, o navio é muito bom, muito confortável. Foi uma boa venda. É de fato um mercado promissor para nós. Acredito que vão ter outras vendas para lá”, afirma Bueno.

Atualmente, os principais compradores do boi vivo brasileiro são Iraque, Líbano e Arábia Saudita.

Fonte: Portal DBO