InfoCarne Online

Edição 299 | 16 de julho de 2021

Arroba do boi gordo recua e milho se mantém estável

Já para soja, no indicador Cepea, subiu seguindo Chicago, que compensou a queda do dólar em relação ao Real

Boi: com escalas de abate confortáveis arroba recua, diz Safras & Mercados

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as escalas de abate mais confortáveis garantiram mais uma queda das cotações da arroba do boi gordo no mercado brasileiro. Em São Paulo, o preço passou de R$ 318 para R$ 317, na modalidade a prazo. O cenário de pouca oferta ainda evita quedas maiores nas principais praças.

De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nas duas primeiras semanas de julho foram exportadas 52,99 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada. A média diária embarcada ficou em 7,57 mil toneladas, ficando 13,3% acima do registrado em junho e 2,9% acima de julho de 2020.

Milho: saca fica praticamente estável após sequência de forte alta

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve um dia de preços praticamente estáveis. A cotação variou 0,03% em relação ao dia anterior e passou de R$ 96,21 para R$ 96,24 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 22,36%. Em 12 meses, os preços alcançaram 93,33% de valorização.

Nas duas primeiras semanas de julho, o Brasil exportou 153,86 mil toneladas, em comparação às 92,17 mil embarcadas nas duas últimas semanas de junho. Dessa forma, a média diária exportada passou de 4,39 mil para 21,98 mil toneladas. Na comparação com julho do ano passado, houve uma queda de 87,30%.

Soja: alta em Chicago compensa queda do dólar

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), subiu seguindo Chicago, que compensou a queda do dólar em relação ao real. A cotação variou 0,49% em relação ao dia anterior e passou de R$ 165,02 para R$ 165,83 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 7,75%.

As exportações brasileiras de soja alcançaram 2,73 milhões de toneladas nas duas primeiras semanas de julho. Isso representou uma média diária de 389,88 mil toneladas e uma queda de 26,4% em relação às duas últimas semanas de junho. Na comparação anual, o resultado ficou 9,9% abaixo do observado em julho do ano passado.

Café: arábica sobe no Brasil com boa valorização em Nova York

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a boa alta do café arábica em Nova York impulsionou positivamente os preços no Brasil. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 830/835 para R$ 840/845, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação foi de R$ 835/840 R$ 845/850 por saca.

Como dito anteriormente, o café arábica negociado na bolsa de Nova York teve um dia de boa valorização que mais do que compensou a queda do dia anterior. O vencimento para setembro subiu 1,65% e passou de US$ 1,515 para US$ 1,54 por libra-peso. A previsão de frio em regiões produtoras brasileiras impactou as cotações.

No exterior: mercados globais sobem à espera de dados de inflação nos EUA

Os mercados globais abriram a semana estendendo o movimento de sexta-feira passada e as principais bolsas mundiais fecharam em alta. Os três principais índices dos Estados Unidos, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq tiveram valorização. Os investidores aguardam hoje a divulgação da inflação ao consumidor de junho.

Dados de inflação têm trazido grande volatilidade ao mercado de câmbio, juros e de ações, pois têm mostrado aceleração do aumento dos preços. Com isso, os investidores temem que o Banco Central dos Estados Unidos tenha que elevar as taxas de juros antes do projetado atualmente. Outro ponto de atenção é a evolução de casos de Covid-19 na Europa e nos EUA.

No Brasil: Ibovespa tem forte valorização após feriado

Após o feriado no Estado de São Paulo, o Ibovespa teve forte alta seguindo o movimento das ações brasileiras no exterior na última sexta-feira, 9. O principal índice da bolsa brasileira subiu 1,73% e fechou o dia cotado a 127.953 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial teve uma queda de 1,25% e ficou cotado a R$ 5,174.

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,02 bilhões nas duas primeiras semanas de julho. Dessa forma, o resultado representa um crescimento de 30,5% no saldo em relação ao observado no mesmo período do ano passado. As exportações cresceram 39,9% na base anual e as importações, 46%.

Fonte: Canal Rural

FAPI 2021

Julho é o último mês para que as empresas selecionadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) façam sua adesão no Programa de Fiscalização Ambiental Preventiva na Indústria (FAPI).

A regularização ambiental é um dos pontos cruciais para o sucesso do seu negócio, pois evita aplicação de multas, melhora a percepção do mercado cada vez mais consciente, além de baratear seguros e reduzir restrição a financiamentos.

Então, aderir ao FAPI é um diferencial de mercado, já que sua empresa terá acesso ao Selo Digital de participante e poderá ter algumas atenuantes de acordo com o Decreto Estadual nº 47.383 de 2 de março de 2018.

Quer saber mais sobre o FAPI? Consulte aqui a plataforma do programa.

Fonte: FIEMG

LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais

A Lei Federal n°13.709 de 14/08/2018, também conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), trata da proteção dos dados pessoais, digitais ou impressos, para assegurar os direitos de liberdade, privacidade e livre desenvolvimento das pessoas.

No IMA foi criado um Grupo de Trabalho (GT), através da Portaria IMA nº 1.989 de 29/07/2020, para aplicar estratégias com o objetivo de implantação da LGPD.

O GT do IMA segue as diretrizes do Grupo de Trabalho Estadual, instituído pela Resolução Conjunta Seplag/CGE/SEF/AGE/Prodemge n°10.064 de 29/07/2019.

Nesse sentido, atendendo as diretrizes do Grupo de Trabalho Estadual e da própria LGPD, o IMA nomeou a servidora Daniela Lazzarini para exercer a atribuição de Encarregada de Tratamento de Dados.

A função da Encarregada de Tratamento de Dados é aceitar reclamações e comunicações das pessoas que possuem dados pessoais guardados pelo IMA, prestar esclarecimentos e adotar providências, além de orientar os servidores do IMA a respeito das práticas a serem tomadas em relação à proteção de dados pessoais.

Em caso de dúvidas, reclamações, elogios e sugestões referentes à LGPD, entre em contato no e-mail lgpd.ima@ima.mg.gov.br ou pela Unidade IMA/LGPD do Sistema Eletrônico de Informações - Sei

Fonte: IMA

Risco de apagão e racionamento de energia elétrica: de volta para o futuro?

Se Robert Zemeckis filmasse ‘De volta para o futuro’ no Brasil, a falta de água e os apagões seriam temas recorrentes da trama. A água é um recurso essencial para a vida de todos os seres vivos. No entanto, como boa parte dos recursos naturais, só ganha atenção junto à população e formuladores de políticas públicas quando o volume ofertado deixa de ser adequado, seja pelo excesso ou por falta. Neste ano de 2021, além dos problemas de abrangência global enfrentados devido à pandemia, já podemos retomar o ditado alertando que “desgraça pouca é bobagem”.

As chuvas foram muito escassas principalmente nas regiões agricultáveis do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, mantendo-se abaixo da média em um período crítico para boa parte das culturas agrícolas, afetando negativamente a produção. Isto deverá restringir a geração de excedentes exportáveis, que têm sido importante fonte de recursos para amenizar os vários problemas econômicos acumulados no País desde o início da pandemia.

O impacto da escassez “conjuntural” (ou estrutural?) de água não se restringe à menor produção agrícola. Na verdade, os impactos esperados devem ser muito mais abrangentes por vários motivos. A escassez de produtos agroindustriais traz consigo riscos de desabastecimento e aumento de preços dos alimentos. Além disso, a dificuldade em gerar produtos exportáveis deve reduzir o fluxo de reservas internacionais, contribuindo para o baixo poder de compra de nossa moeda. A conjunção destes aspectos pode levar a um aumento generalizado de preços, ou seja à inflação – atualmente em 8,13% ao ano (IPCA), patamar que não era observado desde 2016 –, que somente se cura com remédios bastante amargos e conhecidos pelos que já conviveram com tal fenômeno em décadas passadas.

No curto prazo, a conta será mais uma vez paga pela população de uma forma regressiva, ou seja, pesará mais para quem tem menor renda. Aos problemas acima mencionados, soma-se o aumento na conta de luz, em um momento em que muitos estão trabalhando no esquema “home-office”, o que os força a assumir o custo relativo ao consumo de energia necessário para trabalhar. Resultado: quem ainda tem salário, ou seja, não está desempregado, terá maior dificuldade para fechar as contas ao final do mês, considerando o aumento nas despesas com consumo de eletricidade, água e alimentos. Um pacote quase que perfeito para um estouro de inflação, não fosse a perda de poder aquisitivo da população. Neste caso, o remédio amargo pode assumir também uma natureza preventiva.

Neste ano de 2021, portanto, à preocupação com os impactos da covid-19, vêm se agregando a outras preocupações com fenômenos que podem atingir grandes proporções, como aceleração da inflação, uma tendência ao aumento da desigualdade de renda, sem contar os já anunciados riscos de apagão, há pouco mais de 20 anos da última ocorrência deste fenômeno no País. Dessa trinca macabra, vamos focar neste último, para o qual cabe uma reflexão pela população e gestores públicos. Por ser um bem público, cabe ao governo regular o acesso à eletricidade, assegurando o uso múltiplo e sustentável em benefício das atuais e futuras gerações. Torna-se necessário avaliar quais as políticas públicas que estabeleceram metas para resolver ou pelo menos amenizar problemas desta natureza no nosso País? Quais os governos que apresentaram medidas importantes para assegurar o abastecimento de água e energia elétrica – para finalidades diferentes – e que de fato fizeram a diferença? O apagão é, de fato, um problema conjuntural? Ou será estrutural?

O primeiro apagão de grande abrangência ocorreu no final da tarde de quarta-feira, 18 de abril de 1984, quando um blecaute atingiu 12 milhões de pessoas em seis estados da região Centro-Sul do Brasil, estendendo-se pela noite. Foi o primeiro grande apagão nacional após a interligação da rede Sul-Sudeste e o maior do País até ser superado, já no ano seguinte, pelo blecaute de 1985, e por aí vai. O motivo no período foi que a dimensão da demanda não foi adequadamente antecipada, tornando necessário um racionamento em 2001 (há exatos vinte anos), para reduzir em 20% o consumo de energia elétrica do País, anunciado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Desde então, muita água não rolou. Continuamos reféns de chuvas para garantir que a economia não seja interrompida de um momento para outro, derrubando perspectivas de retomada da produção e empregos.

A atual gestão de recursos hídricos do Brasil tem base na Política Nacional de Recursos Hídricos, de 1997, a chamada Lei das Águas. Em 2019, 22 anos após a sua publicação, 233 comitês de bacias hidrográficas estavam em funcionamento no País, 240 planos de bacias já haviam sido desenvolvidos e R$ 3,36 bilhões foram arrecadados com a cobrança pelo uso dos recursos hídricos (ANA; 2021). A matriz energética aumentou o potencial de transmissão, passando de 75.000 MW em 2001 para 170.071 MW em 2020, sendo mais de 75% a partir de fontes renováveis (ANEEL; 2020).


Heloisa Lee Burnquist- Professora da Esalq/USP e pesquisadora do Cepea/Danielle Mendes Thame Denny -Pesquisadora do Cepea -cepea@usp.br

O mais recente apagão foi em novembro de 2020, no Amapá, sendo que o período de racionamento foi de 22 dias.

A despeito, portanto, de todos os avanços com pesquisa e tecnologia, a economia brasileira está novamente sujeita a um risco de blecaute elevado. O Brasil é um dos poucos países em que o potencial de expansão na geração de eletricidade a partir de fontes alternativas, como de biomassa, fotovoltaica, eólica e de hidroelétricas, ainda pode ser considerado elevado. A potencial crise hídrica e elétrica tem sido, no entanto, um componente comum nas várias ocorrências de apagão no País, o que sugere a existência de um problema recorrente de omissão na gestão pública (e privada) dos recursos naturais, que não incorpora mudanças climáticas no planejamento.

Em termos gerais, a insegurança relacionada à disponibilidade da quantidade necessária de água deriva-se de três aspectos: a escassez física (agravada por padrões climáticos); administração pouco adequada (envolvendo os contextos regulatórios); e problemas de infraestrutura. As evidências levam a concluir que o avanço na geração e a diversificação de fontes, sem esquecer das usinas hidroelétricas, são necessários.

Existem argumentos de que o problema se deve à política ambiental e ao avanço da fronteira agrícola. No entanto, há muitas possibilidades para a geração de eletricidade “limpa” com o reaproveitamento de biomassa, como a palha da cana, a custos relativamente baixos tanto na produção como na distribuição. Também iniciativas de biodigestão de resíduos estão cada vez mais disponíveis, face aos avanços conquistados pela ciência, quando comparadas a alternativas como a energia eólica.

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética, em 2020, o incremento das fontes eólica e solar na geração de energia elétrica e o avanço da oferta de biomassa da cana e biodiesel contribuíram para que a matriz energética brasileira se mantivesse em um patamar renovável muito superior ao observado no resto do mundo. Em 2020, a participação de renováveis na matriz elétrica brasileira atingiu 84,8% e na matriz energética geral, 48,4% (enquanto no resto do mundo esse número é de míseros 13,8% e nos países ricos, de 11%) [1].

Ainda assim, não estamos nada bem, e por falha de política pública. Por uma questão de falta de planejamento e incentivos, a Alemanha e a China hoje têm mais energia solar que o Brasil, apesar de terem muito menos dias ensolarados. Também os ventos por aqui são abundantes, contudo, as ‘outras renováveis’ correspondem por apenas 7,7% (biomassa da cana, 19,1%, hidráulica, 12,6%, lenha e carvão vegetal, 8,9%). E dentro dessas outras renováveis está a solar, com apenas 4,2%, a eólica, com 22,1% (biodiesel com 23,8% e a lixívia – biodigestão do chorume do lixo, com 43,1% [2]).

Além disso, é um atestado de ineficiência da administração pública permitir que em 10 anos continue havendo em torno de 50% de perdas nas centrais elétricas (47,7% em 2011 e 55,8% em 2020) e 27,6% [3] de perdas de transmissão e distribuição de eletricidade. Falta “luz” para o desenho de instrumentos de intervenção no domínio econômico voltados à eficiência, como mecanismos de precificação, estímulos à adoção de melhores tecnologias e o estabelecimento de unidades de produção próximas de onde há o consumo.

Só para dar um exemplo, cada brasileiro descarta 170 kg de matéria orgânica a cada ano [4], e, se houvesse biodigestão desse material localmente, o risco de apagão estaria bem remoto. Assim como o carro do filme ‘De volta para o futuro’ que passa a ser movido a lixo, a nossa política energética precisa de um bom melhoramento para começar a voar.

Fonte: Cepea

Suínos: China não conseguirá repor rebanho em 5 anos, diz Turra

De acordo com o ex-ministro da Agricultura, não há nenhum temor de redução das exportações brasileiras de suínos à China nos próximos meses

A China não irá recompor seu rebanho de suínos nos próximos cinco anos. A afirmação foi feita pelo ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra, ao ser questionado durante evento da Federasul – “As oportunidades e as ameaças do agronegócio”, no Tá na Mesa, realizado nesta quarta, 14.

Para Turra, que também é presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), não há nenhum temor de redução significativa das exportações brasileiras de suínos à China nos próximos meses.

“A verdade é que a peste suína africana não está controlada naquela país”, frisa. “Ela é controlada em uma província e logo surge um novo foco em outra”, ressalta. Segundo o entrevistado, as matrizes de suínos da China neste momento são de 42 milhões de cabeças, sendo que superavam 50 milhões antes do surto de peste africana no país.

O analista da Safras & Mercado, Paulo Molinari, destaca que o número atual de matrizes da China é ainda menor, estando em torno de 38 milhões de cabeças, segundo últimos dados do Departamento de Agricultura do Estados Unidos (USDA).

Fonte: Canal Rural

Mercado em Pequim

Produção de carne suína da China tem melhor 2º tri em pelo menos 7 anos

A produção de carne suína da China no segundo trimestre atingiu o maior patamar para o período em pelo menos sete anos, mostraram dados oficiais publicados nesta quinta-feira, depois que produtores inauguraram milhares de novas unidades para criação de porcos no ano passado, visando reconstruir um rebanho dizimado pela peste suína africana.

A produção de carne suína entre abril e junho totalizou 13,46 milhões de toneladas, alta de 40% em relação a igual período do ano anterior e bem acima das 10 milhões de toneladas que costumam ser produzidas neste momento, segundo cálculos da Reuters baseados em dados oficiais.

O Departamento Nacional de Estatísticas disse que, no primeiro semestre deste ano, a produção de carne suína da China saltou 35,9% em relação a mesmo período do ano passado, para 27,15 milhões de toneladas.

A China costuma registrar no segundo trimestre seus menores níveis de produção de carne suína, já que o consumo diminui após o Festival de Primavera –que ocorre no primeiro trimestre– e o tempo mais quente reduz o apetite por carnes.

Neste ano, porém, as cifras foram impulsionadas pelas maiores produtoras locais, que investiram bilhões de iuanes em novas fazendas ao longo de 2020, em tentativa de capturar participação de mercado após a epidemia de peste suína africana.

Dados de vendas de 16 produtoras de suínos listadas em bolsa mostraram que elas produziram 42,8 milhões de animais para abate no primeiro semestre, um salto de mais de 100% na comparação anual, segundo relatório publicado pela Boya Consulting na quarta-feira.

Fonte: IstoÉ Dinheiro