InfoCarne Online

Edição 291 | 21 de maio de 2021

Projeto de Lei nº 1293/2021, que trata de segurança alimentar, é apresentado na FIEMG

Tema foi debatido na reunião da Câmara da Indústria de Alimentos

O Projeto de Lei nº 1293/2021 foi um dos temas apresentados na reunião da Câmara da Indústria de Alimentos. O Colegiado se reuniu no dia 18/05, de forma on-line, e o assunto foi conduzido por Cássio Braga, representante da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) no Comitê de Autocontrole do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “O projeto é uma iniciativa do MAPA e visa criar um marco legal para os procedimentos de autocontroles aplicados na indústria, que são controles de qualidades aplicados pelas empresas para garantir a segurança alimentar os produtos produzidos pela indústria alimentícia e que são monitorados e auditados pelo ministério”, explicou Braga pontuando que, como representante da CNI, participou de todas as reuniões do Comitê de Autocontrole do MAPA durante os anos de 2019 e 2020.

Segundo o representante da CNI, a criação do marco legal é um consenso, entretanto, o texto apresentado pelo MAPA foi produzido sem um acordo prévio com setor produtivo e apresenta uma revisão das multas e penalidades aplicáveis nas empresas. “A proposta é totalmente descabida e o setor produtivo não está de acordo. Entre as mudanças está o aumento em até 2 mil % nas multas básicas e a implementação de uma modalidade de cobrança de multa em 150% do valor do lote eventualmente envolvido em uma não conformidade ou com alguma atuação do MAPA. Essas multas por si só são confiscatórias e poderiam inviabilizar as empresas. O setor empresarial está combatendo essas teses”, reforçou Braga.

O tema Modernização da Execução e Gestão dos Programas de Autocontroles foi apresentado por Nelmon Costa, consultor da Sob Controle Consultoria e Capacitação. “O Projeto de Lei 1.293/202 trata da obrigatoriedade das empresas do setor agropecuário que trabalham com produtos de origem animal como carnes, leite, pescados e mel, e das que trabalham com produtos de origem vegetal, desenvolverem e implantaram os Programas de Autocontroles (PAC's)”, explicou Costa. Segundo o consultor, os PAC's têm o objetivo garantir que os processos produtivos estejam em conformidade com as legislações e, portanto, seguros para serem consumidos pela população.

Costa explicou que a modernização dos PAC’s poderá ser por meio do software AUTCTRL, que foi desenvolvido pela Sob Controle Consultoria e a Empresa QLTY. “Ele irá possibilitar as empresas atenderem plenamente as exigências do MAPA e se adequarem ao Projeto de Lei 1.293/2021”, esclareceu.

A Câmara da Indústria de Alimentos da FIEMG se reúne periodicamente para discutir assuntos referentes ao setor e é presidida pelo empresário Mário Morais Marques.


O evento contou também com a expressiva e ativa participação dos Médicos(as) Veterinários e Responsáveis Técnicos das Indústrias associadas ao SINDUSCARNE/MG - Sindicato das Indústrias de Carnes, Derivados e do Frio de Minas Gerais.

Fonte: Fiemg/adptação SINDUSCARNE

DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO TRECHO FINAL DO §9º, DO ARTIGO 16, DA LEI ESTADUAL Nº 7.772/1980 - EFEITO SUSPENSIVO CONCEDIDO

ATENÇÃO | Nota Técnica atualizada

MANUTENÇÃO DA VALIDADE DOS TAC CELEBRADOS ATÉ DIA 28 DE ABRIL DE 2021 Após o ingresso da FIEMG na ação, conforme noticiado anteriormente, e oposição de embargos de declaração pela entidade e pelo Estado de Minas Gerais, o Ilustre Desembargador Relator, Sr. Corrêa Junior concedeu liminar no processo, estabelecendo que, até julgamento definitivo do caso, devem permanecer válidos todos os TACs celebrados até o dia 28 de abril de 2021, que tenham com base a lei em questão.

Assim, todos os empreendimentos industriais que estão funcionando em razão de TACs celebrados até 28 de abril podem continuar seu funcionamento.

Se, mesmo diante da decisão liminar, a fiscalização apresentar qualquer tipo de impedimento ao seu funcionamento, orientamos que seja exigido um documento formal e escrito de autuação. E, ato contínuo, o seu Sindicato e, consequentemente, a área de Desenvolvimento Sindical do SINDUSCARNE/FIEMG deverão ser avisados para que o setor jurídico possa tomar as providências administrativas ou judiciais cabíveis.

Fonte: FIEMG

Boi chega a piso de preço e pode voltar a subir; veja notícias desta quinta

Enquanto isso, queda em Chicago pressiona cotação da soja, mas milho resiste por conta da baixa oferta neste momento, segundo consultoria

Boi: cotação da arroba encontra piso e pode voltar a subir, diz AgroAgility

A AgroAgility apontou que o mercado físico do boi gordo definitivamente encontrou um piso no nível atual das cotações. Além disso, a consultoria projeta que até a virada do mês este piso pode passar a ser de R$ 310 por arroba e que, após o aumento da oferta em virtude da safra, a tendência é de alta por um período prolongado.

Na B3, a curva de contratos futuros do boi gordo teve comportamento misto com as pontas curtas e longas recuando e o meio da curva avançando. O vencimento para maio passou de R$ 310,95 para R$ 310,30, o para junho foi de R$ 321,55 para R$ 321,70, do julho, de R$ 327,90 para R$ 329,40, e o para outubro passou de R$ 340,70 para R$ 340,60 por arroba.

Milho: mercado brasileiro tem pouca alteração nos preços

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve um dia de preços pouco alterados, entre estáveis e mais baixos. O analista Paulo Molinari destaca que há uma tentativa de baixa, mas que o volume não é suficiente para confirmar o movimento. Em Cascavel (PR), a cotação passou de R$ 98/100 para R$ 96/100, e em Campinas (SP), ficou estável em R$ 103/104 por saca.

Os contratos futuros do milho negociados na B3 tiveram comportamento parecido com os do boi gordo, recuo nas pontas curtas e longas, e avanço no meio da curva. O vencimento para julho passou de R$ 98,43 para R$ 98,12, o para setembro foi de R$ 96,48 para R$ 96,57 e o para março de 2022, de R$ 98,15 para R$ 97,85 por saca.

Soja: mercado brasileiro trava com dólar e Chicago em queda

As cotações dos contratos futuros da soja negociados em Chicago fecharam em forte baixa no pregão desta quarta-feira, 19. A ocorrência de chuvas em regiões produtoras dos Estados Unidos gerou correção dos preços. O vencimento para julho caiu 2,29% e passou de US$ 15,742 para US$ 13,382 por bushel.

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), acompanhou a queda em Chicago. A cotação variou -1,3% em relação ao dia anterior e passou de R$ 176,38 para R$ 174,08 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 13,11%. Em 12 meses, os preços alcançaram 55,76% de valorização.

Café: arábica recua em Nova York, mas se mantém acima de US$ 1,50 por libra-peso

Os contratos futuros do café arábica recuaram em Nova York, mas conseguiram se manter acima do patamar de US$ 1,50 por libra-peso. O dia foi marcado por realização de lucros após a forte alta da última terça-feira. O vencimento para julho caiu 1,21% e passou de US$ 1,5280 para US$ 1,5095 por libra-peso.

No Brasil, a consultoria Safras & Mercado apontou estabilidade nos preços nas principais praças pesquisadas, de forma que a alta do dólar em relação ao real acabou compensando a queda em Nova York. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou estável em R$ 815/820 por saca.

No exterior: membros do Fed admitem discutir diminuição de estímulos monetários

A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Banco Central dos Estados Unidos (Fed) trouxe sinalizações de que alguns diretores já admitem discussões sobre diminuir o volume de estímulos monetários. Apesar disso, o consenso de que a pressão inflacionária é devida a efeitos transitórios permanece.

Após a divulgação do documento, as bolsas norte-americanas recuaram e as taxas futuras de juros dos títulos do Tesouro norte-americano e o dólar avançaram. Os índices de ações nos EUA chegaram a cair perto de 1% na mínima do dia, mas ao final do pregão, o mercado mostrou um pouco de melhora e reduziu as perdas.

No Brasil: exterior conturbado leva dólar acima de R$ 5,30 novamente

A sinalização do Banco Central dos Estados Unidos (Fed) de que alguns membros acham prudente discutir a redução dos estímulos trouxe volatilidade ao mercado externo e refletiu na cotação do dólar em relação ao real. Dessa forma, a moeda norte-americana subiu 1,17% ante o real e fechou o dia cotada a R$ 5,316.

Os efeitos negativos do exterior também pesaram na bolsa brasileira e encerraram uma sequência de quatro pregões sem variações negativas. O Ibovespa teve uma ligeira queda de 0,28% e ficou cotado a 122.636 pontos. Nesta quarta-feira, 19, a Câmara dos Deputados aprovou o texto principal da medida provisória que trata da privatização da Eletrobras.

Fonte: Canal Rural

Safra de Grãos 2020/2021 tem estimativa de crescimento de 13,1% no estado

Principais grãos cultivados em Minas são milho e soja que, conforme a Seapa, juntos representam 90% do total produzido

Minas Gerais prevê alta de 13,1% na safra 2020/2021 em comparação com a safra anterior, com previsão de uma produção de 17,4 milhões de toneladas de grãos. O número foi divulgado no 8º Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na última quarta-feira (12/5).

Além do volume da produção, também houve aumento na área destinada ao cultivo, que atingiu 4 milhões de hectares (+14%). Já a produtividade sofreu uma ligeira redução, de 0,8%, registrando 4.368 quilos por hectare. De acordo com a assessora técnica da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) Creuma Viana, os principais grãos cultivados no estado são milho e soja, que, juntos, representam 90% do total.

Ainda conforme o levantamento da Conab, a produção total de milho no estado (1ª e 2ª safra) está estimada em 8,7 milhões de toneladas, um valor 15,5% superior à safra passada. O crescimento se deve à ampliação de 20,5% da área destinada a este cultivo, devendo alcançar 1,4 milhão de hectares. Ao mesmo tempo, para a produtividade é esperada uma redução de 4,1%, registrando 6.161 quilos por hectare.

Em Minas Gerais é cultivado o milho 1ª e 2ª safra, com estimativas de produção de 5 milhões e 3,7 milhões de toneladas, respectivamente. “Os preços do milho se mantêm elevados no mercado, devido à baixa oferta. Segundo o Indicador do milho ESALQ/BM&F/BOVESPA, na primeira semana de maio os preços chegaram a patamares recordes, alcançando R$ 101,56 a saca de 60 quilos”, detalha Creuma.

Produção recorde de soja

Com a colheita já finalizada, a produção de soja mineira alcançou 7 milhões de toneladas, um recorde histórico com crescimento de 13,8% em relação à safra 2019/2020. Este aumento pode ser explicado pela ampliação de 15,3% na área plantada, que totalizou 1,9 milhão de hectares. Entretanto, a produtividade sofreu uma redução de 1,3%, com 3.697 quilos por hectare.

“Os preços da soja no mercado nacional seguem em alta, influenciados pela alta dos preços internacionais e pela desvalorização do real. Segundo a Conab, em abril, no mercado internacional, houve uma elevação dos preços do óleo de soja, devido à forte demanda, principalmente, de biodissel”, complementa a assessora técnica da Seapa.

Somente de janeiro a abril de 2021, Minas já exportou US$ 27,4 milhões em óleo de soja, um crescimento de 1.232% em comparação ao mesmo período do ano passado. O volume embarcado deste produto foi de 23,5 mil toneladas, um número 636,8% superior ao mesmo período de 2020.

Outros produtos

Com uma produção total (1ª, 2ª e 3ª safras) de 556 mil toneladas, o feijão tem previsão de crescimento de 0,1% em comparação à safra 2019/2020. O aumento ocorre apesar da redução de 2,1% na área plantada no estado (338,5 mil hectares), uma vez que é esperada uma elevação de 0,8% na produtividade, com 1.643 quilos por hectare.

A produção de sorgo na safra 2020/2021 deve alcançar 812,3 mil toneladas, um crescimento de 3,8% comparado à safra anterior. Se confirmada a projeção, este será um novo recorde histórico. A área plantada obteve incremento de 5,5%, devendo chegar a 211,7 mil hectares. Para a produtividade é esperada uma redução de 1,6%.

O amendoim tem previsão de aumento de 34,7%, com uma estimativa de produção de 6,6 mil toneladas. A área plantada teve expansão de 29,4%, passando de 1,7 mil hectares na safra 2019/2020 para 2,2 mil hectares na safra 2020/2021. A produtividade deve crescer 3,6%, alcançando 3.013 quilos por hectare.

Um grão que apresentou previsão de incremento de 700% foi o girassol, em uma produção que deverá atingir 1,6 mil toneladas. Este resultado se deve principalmente ao crescimento, também de 700%, na área destinada ao cultivo, que passou de 0,1 mil para 0,8 mil hectares. A produtividade também deve subir em 15,2%.

Para os demais grãos (algodão em caroço, arroz e trigo) a tendência é de queda na produção em relação à safra passada. O algodão em caroço terá redução de 20,8% (127,6 mil toneladas); para o arroz, a redução da produção será de 20,7% (6,5 mil toneladas); e, para o trigo, estima-se queda de 4,4% na produção (217,1 mil toneladas).

Fonte: Agência Minas

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA E ORDINÁRIA

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

O presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Carnes, Derivados e do Frio no Estado de Minas Gerais – SINDUSCARNE/MG, com registro sindical ativo perante o Ministério do Trabalho e Emprego, no uso de suas atribuições que confere o Estatuto Social, convoca os associados ou não, em condições de votar, para se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária e Ordinária a realizar-se em sua sede social, na Avenida do Contorno, 4520 – 10º andar - Santa Efigênia - Prédio antigo da FIEMG no dia 01/06/2021, às 15:30h em primeira convocação e às 16h horas em segunda convocação, obedecendo a ordem do dia e o quórum para sua convocação:

a) Discussão acerca dos limites negociais para Convenções Coletivas de Trabalho não firmadas e em relação à cláusula de contribuição assistencial/negocial laboral;
b) Demais assuntos pertinentes.

Serão obedecidas regras estabelecidas pela OMS e prefeitura local de proteção contra contágio COVID 19 dos participantes presencias, assim como será fornecido link para participação telepersencial daqueles que assim desejarem, após confirmação da participação.

Belo Horizonte, 20 de maio de 2021

Dylton Lyzardo Dias
Presidente

Fonte: Sinduscarne

BDMG lança edital inédito com aporte de R$ 20 milhões para financiamento de projetos de inovação

OPORTUNIDADE

O BDMG lançou edital para financiamento de empresas que desejam investir em inovação. Micro, pequenas e médias empresas instaladas em Minas Gerais, com faturamento anual de até R$ 16 milhões e foco em iniciativas inovadoras, assim como empresas instaladas em parques tecnológicos e aquelas que possuem parcerias com instituições científicas, tecnológicas e de inovação, poderão se inscrever.

O edital tem como objetivo financiar projetos para o desenvolvimento de novos produtos, processos ou serviços, bem como para o aprimoramento dos já existentes. A proposta do edital é, também, fomentar as inovações organizacionais, em marketing e nos ambientes produtivo ou social, visando a ampliar a competitividade das empresas nos âmbitos regional e nacional. Várias demandas poderão ser financiadas, tais como aquisições de matérias-primas e de equipamentos nacionais ou importados, remuneração de equipe para o desenvolvimento do projeto, obras civis, processos de certificação e patenteamento, entre outras.

Serão disponibilizadas cinco linhas de crédito, atendendo aos critérios do enquadramento e da natureza fim de cada projeto. Os recursos solicitados serão de R$ 150 mil a R$ 1 milhão por projeto.

Consulte-nos sobre essa nova oportunidade.

ASSOCIADOS SINDUSCARNE CONTAM COM ASSESSORIA
Correspondente Bancário BDMG, através do canal Finanças Empresariais | financiamento@fiemg.com.br
(31) 3263-4390 / 3263-4391 / 3263-4392

Fonte: FIEMG/SINDUSCARNE

Suspensão das exportações de carne da Argentina, uma faca de dois gumes para a concorrência

1 de 4 | Em 2006, uma restrição às exportações de carne, inicialmente por seis meses, acabou se estendendo por dez anos, advertiu a Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (CICCRA) - AFP/Arquivos.


2 de 4 | Exportação da carne bovina argentina - AFP


3 de 4 | A Argentina é o principal consumidor de carne per capita no mundo, segundo a OCDE - AFP/Arquivos


A decisão da Argentina de suspender as exportações de carne bovina por 30 dias é uma oportunidade para os concorrentes da região, mas empurrará para cima os preços internos em mercados que sofrem fortes pressões inflacionárias, avaliaram analistas e atores do setor.

“Caso a medida se concretize, um ator importante se retira do mercado internacional (…) É um sinal bastante negativo para todo o setor produtivo e a cadeia da carne”, resumiu o presidente do Instituto Nacional de Carnes (INAC) do Uruguai, Fernando Mattos, em declarações à Rádio Nacional nesta quarta-feira (19).

A Argentina, quarto exportador mundial de carne bovina, com 819.000 toneladas em 2020, anunciou na segunda-feira a suspensão que vai aplicar por 30 dias “como consequência do aumento sustentado do preço da carne bovina no mercado interno”. Em resposta, os pecuaristas decidiram interromper desde a quinta-feira a comercialização por nove dias.

O país, que segundo a OCDE é o principal consumidor de carne bovina per capita do mundo, atravessa uma forte escalada inflacionária, com um aumento de preços ao consumo de 46,3% em 12 meses até abril, segundo dados oficiais. A carne bovina, enquanto isso, aumentou 65,3% no mesmo período, acima da inflação, segundo o Instituto de Promoção de Carne Bovina Argentina (Ipcva, na sigla em espanhol).

“O tema da carne saiu do controle. O preço sobe mês a mês sem justificativa. Temos que pôr ordem (nisso). Nós não podemos ver os preços subindo sem nenhuma justificativa, ou seja, sobe o preço da carne e diminui o consumo de carne, argumentou o presidente argentino, Alberto Fernández, em declarações por rádio para justificar sua decisão.

– Uma faca de dois gumes –

Embora a ausência argentina do mercado internacional possa representar uma oportunidade conjuntural para países competidores concorrentes como Brasil, Uruguai, Paraguai, e inclusive os Estados Unidos, a médio prazo o impacto pode ser sentido nas economias locais nos preços de um produto que é central na cesta básica alimentícia.

“Os frigoríficos que estão autorizados a exportar, optam a fazê-lo porque é uma forma de remunerar melhor o investimento feito na pecuária. Recebem em dólar e isso recompõe margens que foram comprometidas com o aumento dos preços dos insumos para a criação dos animais”, explicou à AFP no Brasil André Braz, coordenador de temas sobre inflação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre).

Mas “é uma carência que o mercado vai sofrer. A carne é um produto da cesta básica (…) Já chama atenção que as carnes bovinas subiram mais de 30% nos últimos 12 meses”, advertiu.

No Brasil, os preços dos alimentos em geral subiram mais que 12% nos últimos 12 meses até abril e a inflação situou-se em 6,76%, acima do teto de 5,25% da meta oficial.

Para o presidente do Instituto Nacional de Carnes do Paraguai, não há dúvidas sobre o impacto negativo da medida argentina.

“Este ano vamos ter uma pressão da carne no aumento de preços que não beneficia o consumidor. Estas distorções no mercado internacional, quanto ao balanço de benefícios e prejuízos, no curto prazo geram benefícios entre aspas, mas a longo prazo não é um mercado sadio e autêntico. É muito melhor que a formação de preços obedeça a uma gradualidade e uma lógica econômica, e não a uma medida administrativa direta do governo argentino intervindo no mercado”, enfatizou.

– EUA: o grande beneficiado –

“O apetite pelas commodities está aumentando em todo o mundo e sobretudo na Ásia, à medida que a vacinação (contra a covid-19) avança”, explicou o especialista da Fundação Getúlio Vargas.

Assim, o principal beneficiário das restrições argentinas deveriam ser os Estados Unidos, os terceiros exportadores mundiais, graças ao aumento da demanda chinesa, avaliaram Fernando Iglesias, analista do setor de carnes da brasileira Safras&Mercados.

“A China é um país extremamente proativo na segurança alimentar. Quando notou que a Argentina estava prestes a fechar as portas para suas exportações de carne – já houve normativas no mês passado em relação a isso -, simplesmente optou por habilitar a toque de caixa 32 unidades frigoríficas dos Estados Unidos e essa exportação passou a vigorar a partir de 1º de maio”, explicou à AFP.

Para o uruguaio Mattos, uma saída temporária da Argentina do mercado provocará um “efeito de retirada de 7%, 8% da oferta mundial” quando o país sul-americano “apontava a estar exportando este ano em torno de um milhão de toneladas. Em nível mundial são comercializadas entre 11 e 12 milhões de toneladas” ao ano de carne bovina, concluiu.

Fonte: ISTO É Dinheiro

EM BREVE NOSSO

Workshop “O Papel da Indústria na Gestão dos Recursos Hídricos”

A crescente demanda por água para abastecer a população e assegurar o desenvolvimento de todas as atividades econômicas constitui um desafio na gestão dos recursos hídricos.

Diversificar as fontes de fornecimento da indústria e de outros setores da economia pode auxiliar em muito na busca da tão desejada segurança hídrica.

Pensando nessa demanda, a FIEMG e o Sinduscarne em parceria com o IGAM e COPASA, gostaria de convidá-los para o Workshop “O Papel da Indústria na Gestão dos Recursos Hídricos”, tema muito importante para nossos associados.

Nosso objetivo é identificar oportunidades para uma gestão eficiente, trazendo informações e iniciativas em prol da conservação e regularização do uso da água no processo produtivo.

PROGRAMAÇÃO: 09:30 – 09:40 Abertura
09:40 – 10:00 Oportunidades para o Balanço Hídrico “Gestão Hídrica na Indústria”
10:00 – 10:40 Regularização de Uso “Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos”
10:40 – 11:00 Cobrança pelo uso da água em MG - Gecon/Igam
11:00 – 11:30 Precend – COPASA (Programa de Recebimento e Controle de Efluentes Não Domésticos)
11:30 – 12:00
Debate
Mediador Deivid Oliveira / Analista Ambiental FIEMG
Thiago Figueiredo Santana / Diretor de Gestão e Apoio ao SEGRH-Igam

Fiquem atentos aos nossos canais de comunicações, em breve enviaremos o convite com as informações para inscrições. As inscrições serão limitadas.

Garanta sua vaga, não fique de fora!

Fonte: Sinduscarne