InfoCarne Online

Edição 268 | 30 de outubro de 2020

Foto: iStock/Mapa

Relatório do SIF aponta que não houve paralisação de frigoríficos em decorrência da Covid-19 em setembro

Foi registrado um aumento de 48% na emissão de certificados sanitários para produtos de origem animal, em comparação ao mesmo mês em 2019

O Serviço de Inspeção Federal (SIF) divulgou nesta quinta-feira (29) o sétimo relatório de atividades que vem acompanhando os impactos decorrentes da pandemia do coronavírus (Covid-19) nas atividades essenciais realizadas pelo serviço. Segundo o documento, em setembro não foi registrada nenhuma paralisação de atividades de abatedouros frigoríficos sob inspeção federal por motivos relacionados à ocorrência do vírus.

“O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mantém comunicação constante com as empresas e representantes do setor produtivo visando atualizar qualquer situação relacionada à possível transmissão do Covid-19 nas unidades industriais”, destaca a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lúcia Viana.

Assim como em agosto, no mês de setembro o SIF registrou aumento de 48% na emissão de certificados sanitários para produtos de origem animal, em comparação ao mesmo mês em 2019. A certificação sanitária assegura que os produtos e os sistemas de produção atendem a todos os requisitos acordados com os países para os quais o Brasil exporta seus produtos.

Em relação à fiscalização de abatedouros, foram realizados em setembro 109 turnos adicionais de abate requisitados de forma emergencial pelos frigoríficos de aves, bovinos e suínos registrados junto ao SIF. “As medidas de gerenciamento e o comprometimento dos auditores fiscais federais agropecuários e equipes técnicas têm permitido atender de forma satisfatória e segura essas demandas por abates extras”, disse Viana.

Ainda segundo o levantamento, as solicitações de Licenças de Importação (LI) de produtos de origem animal para avaliar se os produtos são provenientes de empresas e países que não contenham restrições sanitárias tiveram um aumento de 20% em comparação a agosto de 2020. O total de LIs analisadas foi de 6.677, com tempo médio de análise de três dias. Esse é maior número de LIs analisadas desde março.

Atualmente, estão registrados no SIF 3.330 estabelecimentos de produtos de origem animal nas áreas de carnes e produtos cárneos, leite e produtos lácteos, mel e produtos apícolas, ovos e pescado e seus produtos derivados, além de 2.999 estabelecimentos de produtos destinados à alimentação animal.

Confira aqui o 7º Relatório de atividades do Serviço de Inspeção Federal



Fonte: Ministério da Agricultura

Arroba segue valorizada e preços da carne bovina também sobem no atacado

A tendência é que o movimento de alta nos preços da carne ganhe força na primeira quinzena de novembro, segundo analista

Os preços do boi gordo ficaram pouco alterados nesta terça-feira, 27, no mercado físico brasileiro. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a dinâmica de mercado pouco mudou, e a disputa por animais que cumprem os requisitos para exportação com destino ao mercado chinês permanece acirrada.

“A oferta de animais terminados segue restrita, situação que não deve mudar no restante do ano, uma vez que a estiagem prolongada reduziu a qualidade das pastagens e atrasou a engorda dos animais de pasto, que devem estar aptos ao abate apenas no primeiro trimestre. Portanto, no período de maior demanda do ano haverá dependência da oferta de confinados”, destaca.

Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 274 a arroba, ante R$ 273 na segunda-feira, 26. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 266 a arroba, estáveis. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 264 a arroba, inalterados. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 260 a arroba. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 251 a arroba, inalterado.

Atacado

No mercado atacadista, o dia foi de forte alta nos preços. De acordo com Iglesias, a tendência é que o movimento de alta ganhe consistência no decorrer da primeira quinzena de novembro, período que conta com maior apelo ao consumo. As exportações seguem em bom ritmo, com a China ainda atuando de maneira enfática no mercado de proteína animal.

Com isso, o corte traseiro subiu de R$ 19,60 o quilo para R$ 20 o quilo. O corte dianteiro aumentou de R$ 14,40 o quilo para R$ 14,65 o quilo, e a ponta de agulha subiu 30 centavos, indo a R$ 14,65 por quilo.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,24%, sendo negociado a R$ 5,6830 para venda e a R$ 5,6810 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6010 e a máxima de R$ 5,6840.

Fonte: Canal Rural

IMA informatizou os processos de rotulagem e registro de estabelecimentos!

Para saber mais sobre procedimentos SEI - tramitação de documentos dos processos de estabelecimento e rotulagem da empresa, basta clicar AQUI e acessar o Manual de Procedimentos SEI.

Fonte: IMA

Foto: divulgação/IMA

Começa neste domingo (1/11) segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa em Minas

Devem ser imunizados bovinos e bubalinos de até dois anos

Começa neste domingo (1/11) a segunda etapa anual de vacinação contra a febre aftosa em todo o território mineiro. Deverão ser vacinados bovinos e bubalinos com idade de zero a 24 meses. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é responsável pelo gerenciamento e fiscalização da campanha junto aos produtores rurais. Nesta etapa, a expectativa é que sejam imunizados cerca de 10 milhões de animais em todo o estado com o objetivo de preservar a sanidade dos rebanhos e manter o compromisso com o agronegócio de Minas.

A campanha vai até 30 de novembro. Para mais segurança e comodidade em razão do enfrentamento da Covid-19, o produtor pode comprovar a vacinação dos animais usando o formato eletrônico de declaração disponível em www.ima.mg.gov.br ou, caso tenha cadastro, acessando o Portal de Serviços do Produtor.

Uma outra opção será o envio da declaração para o e-mail da unidade do IMA responsável pela jurisdição do município. O e-mail de cada unidade consta em http://ima.mg.gov.br/atendimento/nossas-unidades. Nos municípios que as unidades estiverem abertas as declarações podem ser realizadas de forma presencial.

O prazo para comprovar a vacinação termina em 10 de dezembro. Para facilitar a localização da propriedade, o IMA recomenda o envio do Cadastramento Ambiental Rural (CAR) no momento da declaração.

Novidade

O produtor rural poderá transitar e comercializar seus animais logo após a vacinação e declaração. O prazo de carência exigido anteriormente pela legislação chegava até 15 dias, se fosse a primeira vacinação do animal. Agora, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Instrução Normativa nº 48, permite ao produtor rural a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) imediatamente após vacinar e declarar a imunização de bovinos e bubalinos de seu rebanho.

Gerente de Defesa Sanitária Animal do IMA, o médico veterinário Guilherme Costa Negro Dias esclarece que com a publicação da IN nº 48, responsável por aprovar as diretrizes gerais para a vigilância da febre aftosa, houve algumas alterações na execução do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA).

“Dentre as mudanças é importante ressaltar que não existe mais prazo de carência para a movimentação de animais após a vacinação contra febre aftosa. O que determina a condição sanitária do estabelecimento rural é a adimplência nas etapas de vacinação e de atualização de cadastro de rebanhos. Ou seja, caso o estabelecimento de origem dos animais esteja em dia com suas condições sanitárias e cadastrais, o produtor poderá movimentar seu rebanho, inclusive os animais não vacinados e que forem incorporados no plantel ou bezerros que tenham nascidos após a etapa de vacinação”, explica Dias.

“Além disso, durante a etapa de vacinação e até noventa dias após seu término, os animais destinados diretamente ao abate ficam dispensados da obrigatoriedade da vacinação contra febre aftosa”, esclarece.

Saúde do rebanho

O médico veterinário ressalta a importância da vacinação para manter a saúde do rebanho e o reconhecimento internacional de zona livre com vacinação, obtido pelo estado junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

“Este status favorece o agronegócio e o acesso a mercados internacionais, contribuindo de forma significativa para o Produto Interno Bruto (PIB) mineiro”, lembra Dias reforçando a importância de realizar corretamente a vacinação, de forma a garantir eficácia na imunização dos animais.

“A vacina de 2 ml deve ser adquirida em estabelecimento da iniciativa privada credenciado para a revenda. Além disso, a vacina deve ser conservada em temperatura entre 2 e 8 graus centígrados, do momento da compra até a vacinação dos animais. Recomenda-se também programar a aplicação para os horários mais frescos do dia”, orienta.

A febre aftosa é causada por um vírus, altamente contagioso e que pode trazer grandes prejuízos econômicos para os produtores, pois afeta o comércio internacional.

“A doença é transmitida pela saliva, aftas, leite, sêmen, urina e fezes dos animais doentes, e também pela água, ar, objetos e ambientes contaminados. Uma vez doente, o animal pode apresentar febre, aftas na boca, lesões nas tetas e entre as unhas”, explica.

Dias alerta que se forem verificados animais com estes sintomas, o produtor rural deve imediatamente comunicar a unidade do IMA mais próxima de sua região.

Parceria

O diretor-geral do IMA, Thales Fernandes, destaca a importância da parceria dos produtores e das entidades representativas do setor para que bovinos e bubalinos de zero a 24 meses sejam vacinados e, com isso, o estado continue livre da doença.

“Peço o apoio dos produtores rurais mineiros, pois a vacinação é essencial para manter o rebanho do estado sadio e livre de focos da doença. É muito importante cumprirmos o calendário oficial da vacinação”, reforça.

Fiscalização remota

Apesar da pandemia, a primeira etapa da campanha realizada em Minas entre maio e julho deste ano foi um sucesso, com 97% de bovinos e bubalinos vacinados contra a febre aftosa. Mais de 350 mil produtores rurais imunizaram cerca de 23 milhões de animais nos rebanhos mineiros.

O IMA monitorou diariamente a campanha em todo o estado. Os novos procedimentos digitais servem de suporte para a gestão com a prática da fiscalização remota, que foi regulamentada pela portaria nº 1977, de 4 de maio de 2020. Ela se dá principalmente pela análise de documentos e dados dos sistemas oficiais e sua confrontação com as normas sanitárias. A fiscalização remota continua nesta segunda etapa da campanha. Evite multas

O produtor que não vacinar os animais estará sujeito a multa de 25 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a R$ 92,79 por cabeça. A declaração de vacinação também é obrigatória e o produtor que não o fizer até 10 de dezembro poderá receber multa de 5 Ufemgs, o equivalente a R$ 18,55 por cabeça.

Fonte: IMA

Brasil abre 100 novos mercados externos para produtos agropecuários

O trabalho de abertura foi iniciado em 2019 com a meta de diversificar a pauta exportadora

O Brasil conquistou a abertura de 100 novos mercados para produtos da agropecuária nacional desde janeiro de 2019. O mais recente é exportação de suínos (reprodução) para a Colômbia.

O trabalho de abertura de mercados externos não contempla apenas a venda de produtos tradicionais dos quais o Brasil já é um grande exportador, como carnes, mas de diversos produtos da cadeia agrícola, como castanhas, chá, frutas, pescados, lácteos e plantas, atendendo ao objetivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de diversificar a pauta exportadora brasileira.

“Isso significa novas oportunidades para os produtores brasileiros que vêm trabalhando com afinco e demostrando muita resiliência, mesmo passando por uma pandemia. Acredito muito na competência e competitividade dos nossos produtores e essas aberturas refletem a intenção do Mapa em diversificar cada vez mais nossa pauta de exportação”, destaca a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Entre as aberturas de produtos não tradicionais estão Castanha de Baru para a Coreia do Sul, mudas de coco para a Guiana, Castanha do Brasil para Arábia Saudita, milho de pipoca para Colômbia, gergelim para Índia, mudas de eucalipto para Colômbia, ovos com casca para Singapura e abacate para Argentina.

>> Veja a lista dos 100 novos mercados

Foram abertos mercados para produtos de alto valor agregado, como material genético avícola para os Emirados Árabes Unidos e Marrocos e embriões equinos para os Estados Unidos.

Continentes

Dos 100 novos mercados, 45 são na América (Argentina, Colômbia, Peru, Estados Unidos, México, Canadá, Guiana, Equador, Venezuela, Guatemala e Bolívia); 40 na Ásia (Arábia Saudita, China, Cazaquistão, Coreia do Sul, Emirados Árabes, Índia, Japão, Malásia, Indonésia, Taiwan, Irã, Tailândia, Mianmar, Singapura e Qatar); 14 na África (Egito, Marrocos e Zâmbia) e um na Oceania (Austrália), conforme dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Mesmo com os impactos da pandemia do coronavírus, a maioria dos processos de abertura foi concluída este ano, com 66 mercados.

Países

Os novos mercados envolvem 30 países. Isso porque algumas nações passaram a importar mais de um produto agrícola do Brasil. Cada novo mercado corresponde a exportação de um produto. Nesse sentido, houve uma ampliação significativa com os vizinhos sul-americanos, com a abertura de 17 novos produtos para a Argentina, oito para a Colômbia e seis para a Bolívia.

“Abrir um mercado é abrir uma porta. E estou certa de que trabalharemos juntos para que nossos produtores de fato passem por ela”, afirma a ministra.

Na Ásia, Singapura e Mianmar abriram sete novos mercados, cada um, para os produtos brasileiros. Na África, Egito abriu oito mercados.

Categorias por produtos

Os produtos derivados de aves (carnes, miúdos e farinhas) estão entre os mais procurados, totalizando 13 aberturas, assim como 11 de bovinos, nove de plantas, oito de suínos, oito de material genético bovino, sete de lácteos e cinco de frutas.

Fonte: Ministério da Agricultura

Preço da carne sobe no mercado internacional,mas renda dos frigoríficos segue apertada. Está mais difícil repassar para @ do boi

Carne brasileira já está mais cara que a argentina e se aproxima da americana

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Analista Sênior DATAGRO, João Otávio Figueiredo, informou que os preços para a arroba estão próximos de um teto de cotação e que devem permanecer no atual patamar de R$ 270,00/@ no estado de São Paulo. “Com a oferta restrita de animais, as referências devem seguir em alta para novembro e dezembro. Agora precisamos ficar atento ao comportamento da demanda interna e externa”, afirma.

Os preços da carne brasileira no mercado internacional estavam próximos de US$ 36 por tonelada, mas agora estão cotados a US$ 46 por tonelada. “Os chineses são muito pragmáticos, pois a carne nos Estados Unidos está em torno de US$ 52/ton e a Argentina está cotada a US$ 41 por tonelada. Os compradores chineses passaram a fazer uma cesta de valores entre a Argentina e o Brasil para conseguir ter um preço mais considerável”, comenta.

Com relação ao volume exportado em Outubro deste ano, o consultor destaca que pode ultrapassar o total embarcado no mesmo período do ano anterior, que foi de 170,55 mil toneladas. “Na primeira quinzena já embarcamos 90 mil toneladas e se manter esse ritmo podemos alcançar a 180 mil toneladas”, ressalta.

Fonte: Notícias Agrícolas

Dia Mundial da Qualidade

O Dia Mundial da Qualidade é comemorado anualmente na segunda quinta-feira de novembro, desde 1960. Dezenas de países realizam eventos durante esse mês para enfatizar e promover a importância da Qualidade para a produtividade e competitividade das organizações e nações e o bem-estar da Sociedade.

Para comemorar o Dia Mundial da Qualidade de 2020, a ABQ realizará o debate Brasil Desafios 2021, de forma virtual.



Fonte: ABQ