InfoCarne Online

Edição 254 | 24 de julho de 2020

ABPA celebra Dia do Suinocultor em ano histórico para a carne suína

Cumprindo seu papel como atividade essencial para a segurança alimentar do país em meio à pandemia de Covid-19, produtores de carne suína de todo o Brasil comemoram hoje, 24 de julho o Dia do Suinocultor. E as boas perspectivas para o setor dão o tom da celebração da data, ressalta a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Segundo levantamentos e projeções da ABPA para o ano, produção poderá alcançar em torno de 4,25 milhões de toneladas, número 4% a 6,5% superior em relação às 3,9 milhões de toneladas de 2019. O consumo per capita de carne suína deverá se manter estável, com total de 15,3 quilos per capita no ano.

As boas notícias vêm, em especial das exportações. Pelas perspectivas traçadas, o setor pode, pela primeira vez, alcançar a marca de 1 milhão de toneladas, apesar dos impactos da pandemia. Impulsionada pelas vendas para a Ásia (que ainda sofre os efeitos da epidemia de Peste Suína Africana), os embarques do setor devem encerrar com saldo em volumes 33% superior ao alcançado em 2019.

“Costumamos avaliar o desempenho de nosso setor produtivo pelos fatores externos. Mas hoje é dia de olhar para dentro e ver que a suinocultura do Brasil conquistou todos estes resultados graças, também, à competência técnica de nossos produtores. Somos um país livre de Peste Suína Africana, de Diarreia Suína Epidêmica, e temos a maior parte de nosso território reconhecidamente livre de Peste Suína Clássica. Nosso status sanitário é o drive do crescimento da participação brasileira no comércio internacional”, avalia Francisco Turra, presidente da ABPA.

Quarto maior produtor e exportador, responsável por 8% de todas as exportações mundiais e embarques para mais de 70 países, o setor de suínos é o motor econômico de dezenas de municípios no interior do Brasil. Conforme o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, seja pelo modelo integrado de produção ou pelos criadores independentes, o setor produtivo impulsiona empregos e fomenta novas oportunidades de investimentos em todo o país, ao mesmo tempo em que não mede esforços para a manutenção do abastecimento das gôndolas do Brasil.

“Os cuidados com a qualidade e com o status sanitário sempre foram o norte do setor produtivo. O suinocultor é um profissional especializado e segue técnicas de aprimoramento no manejo e de sustentabilidade, além de cumprir com rigorosos programas de biosseguridade. Exatamente por isto, os cuidados adicionados no setor para a preservação da saúde humana foram incluídos sem dificuldades. E os produtores seguem em sua missão de apoiar o País com oferta de alimentos, para que a quarentena seja possível”, avalia Santin.

Fonte: ABPA

Preços do vivo disparam; em SC, valor médio atinge recorde real

Depois de caírem com força entre março e abril, os valores do suíno vivo iniciaram um movimento intenso de recuperação em todas as praças acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Neste mês de julho, a alta nas cotações tem sido reforçada pela baixa oferta de animais em peso ideal para abate.

Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea indicam que a reabertura parcial do comércio em importantes regiões consumidoras em junho seguiu favorecendo a procura pela carne suína ao longo de julho. Além disso, as exportações brasileiras da proteína continuam registrando bom desempenho, o que tem limitado ainda mais a disponibilidade doméstica. De acordo com dados da Secex, os embarques diários da carne apresentam média de 4,1 mil toneladas neste mês, 1% abaixo da registrada em junho/20, mas 57% acima das 2,6 mil toneladas de julho/19.

Diante disso, em algumas regiões, especialmente nas de Santa Catarina, os valores médios diários do suíno atingiram patamares recordes reais da série histórica do Cepea (iniciada em 2002) – as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI. Já em termos nominais, ou seja, sem considerar a inflação, o animal é negociado nas máximas da série do Cepea em praticamente todas as praças.

Na parcial de julho (de 30 de junho a 23 de julho), o Indicador CEPEA/ESALQ do suíno de Santa Catarina subiu expressivos 40%, atingindo R$ 5,93/kg nessa quinta-feira, 23, recorde real da série do Cepea. No Paraná, o Indicador do animal vivo registra alta mensal de 42%, fechando a R$ 6,05/kg nessa quinta-feira, 16 centavos abaixo do recorde real deste estado, registrado em outubro de 2014.

Em Minas Gerais, o Indicador do suíno apresenta alta de 32% na parcial de julho, fechando a R$ 6,99/kg nessa quinta, se aproximando da máxima deflacionada, de R$ 7,12/kg, verificada em novembro de 2014. Em São Paulo, o Indicador CEPEA/ESALQ do vivo fechou a R$ 6,41/kg, com avanço de 34% neste mês. A média do dia 23 está abaixo do recorde real, de R$ 7,34/kg, observado em novembro de 2014.

CUSTOS DE PRODUÇÃO TAMBÉM ESTÃO EM ALTA – Mesmo com as valorizações intensas do suíno, o custo de produção da atividade também está em alta. Os preços do farelo de soja e do milho, importantes insumos de alimentação, estão em patamares elevados, segundo mostram levantamentos da Equipe Grãos/Cepea. Além disso, a forte valorização do dólar também encareceu importantes insumos que são importados.

Fonte: CEPEA

Plano Setorial para Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura

O Governo Federal reinstituiu a Comissão Executiva Nacional do Plano Setorial para Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (CENABC), com o decreto Nº 10.431, publicado no Diário Oficial da União na ultima terça-feira (21).

A CENABC, composta por representantes de diversos órgãos, tem como função central o acompanhamento da implementação, do monitoramento e da avaliação do Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC).

O Plano ABC está concluindo seu primeiro decênio de implementação (2010-2020), e está neste momento em pleno processo de revisão, avaliando os resultados já alcançados e discutindo uma proposta de ação para o período 2021-2030. Nesse sentido, a reativação da CENABC irá permitir a esse órgão colegiado acompanhar e avaliar os resultados alcançados até o momento pelo Plano ABC, com a promoção de sistemas de produção agropecuários, resilientes, produtivos, competitivos e adaptados à mudança do clima.

Também será tema de discussão da CENABC a construção da proposta do Plano ABC 2021-2030, apoiando o Mapa no fortalecimento da sustentabilidade do setor agropecuário brasileiro, especificamente, quanto a temas relacionados com o enfrentamento da mudança do clima pelo setor agropecuário brasileiro.

A CENABC é composta por representantes dos Ministérios da Agricultura, da Economia, da Ciência, Tecnologia e Inovações; do Meio Ambiente; além da Embrapa; do Banco do Brasil, do BNDES, da CNA do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura e do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima. Os representantes indicados deverão ter competência técnica ou notória atuação nos assuntos correlacionados com o Plano ABC.

A Comissão deverá ter sua primeira reunião nos próximos dias, e se reunirá em caráter ordinário semestralmente. Conforme a pauta a ser discutida, poderá convidar representantes de órgãos e entidades públicas e privadas e especialistas na área de atuação para participar de suas reuniões, sem direito a voto. Acesse o decreto que institui na integra!

Fonte: MAPA

REGRAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DA DAMEF E APURAÇÃO DO VAF

Foi publicada no D.O.E, de 18 de julho de 2020, a Portaria SRE n.º 175/20 que estabelece as regras gerais de elaboração e validação da Declaração Anual do Movimento Econômico Fiscal (DAMEF) e as regras gerais de apuração do Valor Adicionado Fiscal (VAF) dos Contribuintes Optantes pelo Simples Nacional.

Conforme a norma, o Anexo I trata das regras gerais de elaboração e validação da Declaração Anual do Movimento Econômico Fiscal (DAMEF) e o Anexo II trata das regras gerais para apuração do Valor Adicionado Fiscal (VAF) dos contribuintes optantes pelo Simples Nacional.

Clique aqui para acessar a íntegra da a Portaria SRE n.º 175/20, de 18 de julho de 2020.

Carne bovina: exportações podem ter 2º maior volume da história em julho

Se atual ritmo de embarques for mantido até o fim do mês, volume enviado seria de cerca de 168 mil toneladas, o maior já registrado em um mês de julho

As exportações brasileiras de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada seguem em ritmo forte e podem registrar em julho o segundo maior resultado da série histórica. Até a terceira semana deste mês, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), com treze dias úteis, as exportações somaram 95,3 mil toneladas, uma média de 7,3 mil toneladas por dia útil.

Se esse ritmo for mantido até o fim do mês, o volume embarcado seria de cerca de 168 mil toneladas. O resultado é recorde para meses de julho e o segundo maior da série histórica, atrás apenas de outubro de 2019.

Fonte: Secex, com elaboração do Canal Rural

De acordo com o analista de mercado da Consultoria StoneX Caio Toledo, é muito provável que no segundo semestre as exportações sigam em alta. No entanto, ele alerta para alguns fatores de risco: evolução da Covid-19 no Brasil, retomada da produção de carne suína na Europa e na China e guerra comercial entre o país asiático e os Estados Unidos.

Esses elementos poderiam limitar o ritmo de embarques de carne bovina brasileira ao longo do segundo semestre, caso resultem em redução da demanda.

Preço da arroba depende muito do mercado doméstico
Toledo avalia que o mercado doméstico tem limitado o avanço do preço da arroba, pois estaria muito abaixo do esperado, em virtude dos efeitos da pandemia na taxa de emprego e na renda do brasileiro.

Para que o preço siga em alta, ele destaca que é preciso que a oferta de animais terminados continue baixa e que haja retomada econômica significativa. Dessa forma, o preço da carne bovina tenderia a subir e levar a arroba a um maior patamar.

Nesta segunda-feira, 20, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP)) registrou forte queda do indicador do boi gordo Cepea/B3, de R$ 222,55 para R$ 215,30. Caio Toledo avalia que isso não indica mudança de patamar de mercado, sendo possivelmente apenas uma questão de coleta na base de dados, que pode ter registrado mais animais convencionais que bovinos padrão China.

Segundo o analista, a base do Cepea cobre os dois padrões. Os animais convencionais estariam sendo negociados na faixa de R$ 215 a arroba, enquanto que os voltados ao mercado chinês estariam no patamar de R$ 223.

Fonte: Canal Rural

Indústria em debate

No dia 30 de julho (quinta-feira), das 10h às 12h, a Folha irá realizar o seminário virtual Indústria em Debate, que pretende discutir os desafios do setor frente à pandemia e à conjuntura econômica do país. Um evento patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria.

Entre outros pontos, serão discutidos os impactos que o custo Brasil – conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas do país – e a possível reforma tributária podem acarretar para a competitividade da indústria brasileira.

A transmissão ocorrerá na homepage da Folha de S. Paulo. CLIQUE AQUI para conferir a matéria completa.

Fonte: Folha de São Paulo

ASEMG, ASSUVAP E ASTAP REALIZAM O 1° FÓRUM ESTADUAL DA SUINOCULTURA

Associações Mineiras realizam o primeiro congresso estadual da cadeia suinícola.

Hoje é comemorado o Dia Nacional do Suinocultor, e também a data escolhida pela Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (ASSUVAP) e Associação dos Suinocultores do Triângulo e Alto Paranaíba (ASTAP) para darem início ao 1° Fórum Estadual da Suinocultura.

“Entendemos que levar informação de qualidade ao suinocultor mineiro se tornou algo ainda mais urgente nesses novos tempos. Assim sendo, transformamos um projeto que era presencial em virtual e daremos início ao nosso 1º Fórum que contará com a realização das três representantes dos produtores, o que mostra a integração do setor e empenho de todas em levar serviços de qualidade ao produtores mineiros” contou João Carlos Bretas Leite, presidente da ASEMG.

Durante quatro semanas ASEMG, ASSUVAP E ASTAP oferecerão para os suinocultores mineiros, bem como aos demais participantes da cadeia suinícola 8 palestras, sendo quatro delas transmitidas das 18h às 19h através do youtube da ASEMG. As outras quatros ocorrerão nas terças-feiras através do ZOOM. “Vamos tratar de temas gerais como mercado de suínos, de grãos e até gestão das granjas e esses são temas amplos que serão tratados de forma aberta via youtube. Já temas mais delicados como, IN14, Meio Ambiente,Energias renováveis e sanidade animal serão tratados em salas fechadas. Enfim, seguiremos o fluxo de um congresso presencial. Com temas de grande importância tratados com seus devidos cuidados” explicou Bianca Costa, gestora executiva da ASEMG. [ SAIBA MAIS ]

Fonte: ASEMG